Madeira

Sindicato denuncia condições precárias de rendição nas Selvagens

Em causa está a falta de condições nos navios para a rendição que não têm "capacidade de transporte nem de acomodação ou comodidade para pessoal"

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Após a última rendição nas ilhas desertas, realizada esta sexta-feira, 3 de Junho, o Sindicato dos Trabalhadores e Funções Públicas e Sociais do Sul Regiões Autónomas e a Associação Sócio Profissional da Polícia Marítima voltaram a acusar que o aumento do período de empenhamento na reserva das Ilhas Selvagens, de 15 para 21 dias, apresentado pela Autoridade Marítima Nacional, justificado por custos excessivos dos meios navais empenhados, são "apenas de ordem economicista – marginalizando as pessoas à custa das precárias condições dadas para o desempenho da missão 'de desígnio nacional'".

As organizações denunciam, assim, que os profissionais cumprem a rendição em dois navios da Autoridade Marítima Nacional com precárias condições. 

A última rendição, foi realizada hoje, não apenas com um navio mas por dois navios daquela força militar. Navios estes que não têm nem capacidade de transporte nem de acomodação ou comodidade para pessoal. Nem mesmo de conservação de alimentos frescos para os 5 elementos projectados para aquele território onde permanecerão 21 dias, ou mais.

O Sindicato dos Trabalhadores e Funções Públicas e Sociais do Sul Regiões Autónomas e a Associação Sócio Profissional da Polícia Marítima entendem que sendo este um desígnio nacional, "o Estado não pode, nem deve, alijar-se das suas responsabilidades de garantir e proporcionar aos profissionais as adequadas e necessárias condições para o desempenho da missão, sob o pretexto de redução de custos quando na verdade o que está em causa é a garantia da soberania nacional num território distante, difícil, isolado e que merece o máximo de respeito do Estado para com os profissionais que lá trabalham".