Grupo parlamentar do CDS preocupado com taxa de inflação e com a crise social que se aproxima
O Grupo parlamentar do CDS, em conferência de imprensa, hoje, manifestou preocupação com as "consequências da governação do partido socialista na República e com o que tem sucedido, sobretudo, em termos de impacto quer para as famílias, quer para as empresas, especialmente em termos do seu poder de compra e do custo de vida das mesmas", revela nota enviada pelo partido.
Ontem, tivemos conhecimento dos dados da inflação, que são profundamente preocupantes, superiores a 8%, o que significa que as famílias, nomeadamente as da função pública que tiveram aumentos na ordem dos 0,9%, estão, neste momento, a perder mais de 7% do seu poder de compra porque a inflação, estando superior a 8%, as famílias estão com uma perda só no salário, de mais de 7% em termos de poder de compra. Isto, sem ter em conta, as consequências da crise internacional. Mas, no entanto, a crise social e económica que se vive no país, não é apenas decorrente da conjuntura da guerra, mas sim das políticas do partido socialista na república, que têm vindo a fustigar as famílias portuguesas com a maior carga de impostos alguma vez implementada em Portugal e que as famílias e as empresas têm vindo a suportar nos últimos anos. Tendo em conta essa enorme carga fiscal, tendo em conta o aumento da inflação que, dizem alguns analistas, pode chegar aos dois dígitos ainda este ano, significa que vamos, certamente, viver uma situação social e económica muito grave no país, com repercussões na nossa Região e porque quem governa é o partido socialista na República”. António Lopes da Fonseca, líder parlamentar do CDS.
Segundo o partido, apesar desta "situação grave" o Governo Regional (GR) tem implementado medidas na Madeira que diminuem "o efeito desta estratégia do governo socialista", nomeadamente no que diz respeito "à redução do IRS para as famílias".
"Redução das taxas de IRC para as empresas (temos a taxa mais baixa permitida pela Lei de Finanças Regionais para as empresas, em termos de IRC, na ordem dos 13%), o que significa que, não fora esta resiliência do Governo Regional no sentido de minimizar os efeitos da governação socialista na República, as famílias e as empresas na Região estariam em pior situação", explica a nota.
"O Governo Regional implementou na Madeira, um conjunto de apoios que, se não tivessem sido dados, provavelmente teríamos uma taxa de desemprego superior à que se verificou o mês passado, que rondou os 5,8%", menciona o partido.
Certamente que é baixa, mas o Governo Regional quer reduzi-la ainda mais e, por isso, estas medidas que foram tomadas, de apoio às empresas, permitiram que as taxas de desemprego na Região não fossem muito superiores. É sempre bom lembrar que, estes apoios das várias linhas do Governo Regional, quer o Apoiar Madeira 2020, o Invest RAM Covid-19, o SI Funcionamento, foram medidas que o Governo Regional tomou, sem qualquer apoio por parte do Governo da República. Ou seja, todas elas à custa das verbas que a Região tem direito, quer pelos fundos comunitários, quer pelo Orçamento Regional” António Lopes da Fonseca, líder parlamentar do CDS.
Assim, o grupo parlamentar do CDS demonstra a sua "preocupação" que o Governo da República continue com as políticas " que fustigam as famílias em impostos, com taxas de inflação enormes".
"Sabe-se que as taxas de inflação na produção industrial já rondam os 30%, o que significa que nós todos vamos pagar este custo da inflação na produção industrial!", expôs o partido.
Lopes da Fonseca concluiu afirmando que "o Governo Regional muito tem feito para minimizar estes efeitos da governação socialista no Governo da República”.