Mais de 40 navios da frota russa do Pacífico iniciaram hoje os exercícios navais que se vão prolongar até dia 10, informou o Ministério da Defesa da Rússia. 

O agrupamento naval, que conta com o apoio de 20 aviões, vai ensaiar uma série de missões de combate, incluindo buscas submarinas e ações de defesa aérea, avançou o Ministério em comunicado. 

Os navios realizarão manobras para ultrapassar áreas de risco de minas durante as travessias e práticas de artilharia contra modelos de minas flutuantes, que são uma ameaça à navegação. 

Os exercícios, que estão a ser realizados sob a supervisão do comandante e chefe da Frota do Pacífico, Sergey Avaktiants, envolvem o navio de localização e comunicações "Marshal Krylov" e a fragata "Marshal Shaposhnikov".

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas -- mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,8 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). 

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A ONU confirmou hoje que 4.169 civis morreram e 4.982 ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores.