O interesse superior que nos move
Na semana em que o País aprovou o seu Orçamento do Estado, o PSD elegeu a sua nova liderança nacional, abrindo espaço à mudança de paradigma que se impõe a um Partido que se deseja efetivamente reformista e capaz de liderar um projeto de desenvolvimento estratégico para Portugal.
À partida, estes dois momentos nada têm a ver um com o outro. E, efetivamente, não têm. A não ser o facto de traduzirem uma mudança e o princípio de um caminho que se espera positivo para a Região.
No caso do Orçamento do Estado aprovado – que se reitera estar muito aquém daquilo que era o ideal, tanto para a Madeira, quanto para o País – a principal mudança reside na forma como, pela primeira vez, os trabalhos entre as partes foram conduzidos, com a Região, por um lado, a fazer-se ouvir naquelas que eram as suas legítimas aspirações e, por outro, com a República a admitir e a dar poucos mas importantes sinais de abertura, há muito esperados.
Sem criar falsas expetativas, a verdade é que é de registar esta abertura, lamentando-se, todavia, a demora que a mesma levou a fazer-se sentir. Ainda assim, nunca é tarde e aquilo que se espera, agora, em nome do interesse superior da Madeira, aquilo que verdadeiramente nos move, é a continuidade desta relação e resultados concretos tanto no próximo Orçamento para 2023, quanto em tudo o mais que extravase os ditos Orçamentos, mas que resulte do diálogo direto e da concertação institucional entre o Presidente do Governo Regional e o Primeiro-Ministro de Portugal.
Abre-se, portanto, uma janela de oportunidades que esperamos se mantenha e reforce para o futuro, em nome do interesse superior da Madeira e de todos os Madeirenses que, desde a primeira hora, assumimos como prioridade. Mantendo-nos firmes aos nossos princípios e sem esquecer o que realmente é essencial para o nosso futuro e para garantir que o amanhã seja sempre melhor para os nossos jovens – para as novas gerações nas quais depositamos, com convicção e orgulho, toda a nossa força e esperança – estaremos aqui, disponíveis, prontos para a luta que nos carateriza mas cientes de que, agora, existe, ao que tudo indica e do lado de lá, uma porta entreaberta que queremos abrir ainda mais.
E é também de mudança que falamos perante o novo Líder Nacional do PSD. Luís Montenegro, eleito pela larga e expressiva maioria dos Militantes Social-democratas do País – com a Madeira a seguir, claramente, a mesma tendência – tem a enorme missão de reajustar e transformar o PSD num Partido que se afirme enquanto alternativa de poder. Um Partido que seja mais próximo do eleitorado, que apresente soluções para o presente e para o futuro e que, ao mesmo tempo, garanta a sua renovação.
Não foi por acaso que o recém-eleito Presidente do PSD encontrou, no Presidente do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, o perfil necessário para assumir-se enquanto Mandatário Nacional da sua candidatura, representando, por sua vez, todos os outros mandatários, de todo o País. É porque, tal como disse Montenegro, a Madeira é exemplo. Na proximidade à população, na crescente e positiva abertura à sociedade, no respeito pelos seus compromissos, na defesa intransigente do povo Madeirense e na renovação dos seus quadros, o nosso PSD/Madeira é exemplo e queremos continuar a sê-lo. Porque, além do reconhecimento que nos chega, é através deste exemplo que, diariamente, evoluímos e fazemos evoluir a nossa Região, sempre em nome do interesse superior que nos move.
E é evidente que se, a nível nacional, o PSD souber reajustar-se aos novos tempos, afirmando-se enquanto alternativa política e sabendo traçar uma agenda estratégica de mudança para Portugal, tanto melhor, até porque, certamente, a Madeira fica a ganhar. Ganha, igualmente, na perspetiva de termos o Partido ao nosso lado, nas causas e legítimas aspirações que defendemos, sendo esse, também, um compromisso desde a primeira hora assumido.
Assim como ganhamos todos se, a nível nacional e, ainda, no papel de Oposição, o PSD for capaz de liderar, com toda a força e recuperando o espaço que outros Partidos têm conseguido agarrar, uma função fiscalizadora daquilo que é o trabalho do Governo da República, dando ainda mais força e consistência a uma missão que tem, necessariamente, de ter outro conteúdo e forma.
Haja lugar à esperança no futuro. Em nome do interesse superior que nos move.