Estados Unidos anunciam sanções contra indústria militar russa
O Governo dos Estados Unidos anunciou hoje sanções económicas contra 70 empresas e 29 pessoas com ligações às Forças Armadas russas, tendo como objetivo reduzir o seu poder militar e os seus esforços na invasão da Ucrânia.
Num comunicado, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos detalhou visados, já anunciados na segunda-feira no âmbito do G7.
De acordo com o Tesouro, uma das entidades sancionadas é a Rostec, conglomerado público russo dedicado a aumentar e consolidar o poder da Rússia em áreas como tecnologia, militar e aeroespacial, com subsidiárias em aviação, defesa, automóveis e metais.
Destas subsidiárias, estavam sujeitas às sanções norte-americanas a UAC (setor aeroespacial) Tupolev (fabricante de aviões bombardeiros), Irkut (produtor de caças) e UEC (fabricante de motores para defesa e segurança), entre outras.
Por seu lado, as pessoas sancionadas são principalmente membros da União de Voluntários do Donbass, uma organização de 14.000 autodominados "veteranos" da invasão russa da Ucrânia.
As sanções emitidas pelo Tesouro implicam que todas as propriedades das pessoas ou organizações afetadas no território dos Estados Unidos sejam bloqueadas e os norte-americanos sejam proibidos de realizar transações comerciais com eles.
Além disso, o Departamento também executou a promessa feita pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na cimeira do G7 no fim de semana, proibindo as importações de ouro da Rússia.
Isento, entretanto, está o ouro que se formou na Rússia, mas que se encontra fora das fronteiras russas a partir de hoje.
Os países do G7 vão desenvolver um mecanismo para limitar o preço do petróleo russo e tentar restringir o acesso da Rússia a recursos industriais no setor da defesa, disse hoje um alto funcionário norte-americano.
Num encontro com jornalistas, a mesma fonte explicou que os líderes das sete nações mais industrializadas do mundo, que estão hoje reunidos em Elmau, na Alemanha, querem também coordenar a utilização de impostos aduaneiros sobre produtos russos para ajudar a Ucrânia.
Os pormenores sobre o funcionamento do mecanismo para impor um preço máximo global ao petróleo russo, bem como o seu impacto na economia do país, serão acertados pelos ministros das Finanças do G7 nas próximas semanas e meses, disse a fonte oficial citada pelas agências noticiosas AFP, AP e EFE.
Sob presidência da Alemanha, participam ainda no encontro nos Alpes bávaros os líderes do Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, bem como da União Europeia (UE).
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, participa na reunião por videoconferência.