Madeira

População deve "manter cuidados extremos de higiene" para evitar infecção por Monkeypox

Director Regional da Saúde, Herberto Jesus, alerta que poderão surgir outros casos de infecção por Monkeypox na Região Autónoma da Madeira

Director Regional da Saúde, Herberto Jesus
Director Regional da Saúde, Herberto Jesus, Foto ASPRESS

As autoridades de saúde da Região Autónoma da Madeira anunciaram esta terça-feira, 28 de Junho, o primeiro caso confirmado de infecção por Monkeypox. Ao DIÁRIO, o Director Regional da Saúde, Herberto Jesus, alerta que, neste momento, "é importante manter cuidados extremos de higiene sanitária nos cuidados pessoais".

O Director Regional da Saúde considera que "não é errado pensar que poderão surgir outros casos", frisando que tal "dependerá do comportamento das pessoas".

Madeira anuncia primeiro caso confirmado de Monkeypox

As autoridades de saúde da Madeira anunciaram esta terça-feira, 28 de Junho, o primeiro caso confirmado de infecção por Monkeypox na Região Autónoma da Madeira.

Herberto Jesus garante que a Madeira tem capacidade para identificar casos positivos de infecção pelo vírus. "O diagnostico não é difícil, embora haja doenças semelhanças", refere o especialista, explicando, que são recolhidas amostras das lesões cutâneas para teste laboratorial, de seguida, as amostras são enviadas para o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge para confirmação. 

Temos de ter a noção que a partir de agora, devido às alterações do próprio mundo, isto vai ser muito frequente, esta doença é uma zoonose, passou de um animal para o ser humano e o ser humano depois contaminou outros seres humanos. É importante manter cuidados extremos de higiene sanitária nos contactos pessoais para evitar que isto se torne em algo mais numeroso. O que sabemos é que há contágio por contacto próximo físico, sexual ou cutâneo com lesões. Director Regional da Saúde, Herberto Jesus

Os sintomas da infecção humana por vírus Monkeypox incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, nódulos linfáticos inchados, calafrios, exaustão, evoluindo para erupção cutânea.

O período de isolamento é, por precaução, de 21 dias, quando a crosta das erupções cutâneas cai, a pessoa infectada deixa de ser infecciosa.

Herberto Jesus indica que a manifestação clínica é geralmente ligeira, sendo que "por enquanto, a mortalidade é extremamente baixa, excepto se a pessoa tiver doenças associadas que sejam mais graves". No entanto o Director Regional da Saúde atenta que os "vírus sofrem mutações infindáveis", podendo alterar rapidamente o actual cenário. 

Foi identificado hoje um caso positivo de infecção por Monkeypox, trata-se de um adulto do sexo masculino, cuja contaminação alegadamente, ocorreu em território continental. Segundo o Director Regional da Saúde, o indivíduo infectado "está estável na sua habitação e tem a recomendação de, pelo menos 21 dias, evitar contactos com outras pessoas". 

Número de casos de monkeypox sobe para 373

Mais oito casos de Monkeypox foram confirmados nas últimas 24 horas, elevando para 373 o número de infeções em Portugal, segundo um novo balanço da Direção-Geral da Saúde (DGS) hoje divulgado.

Portugal conta com 373 infecções casos confirmados de infecção humana por vírus Monkeypox, sendo a maioria homens entre os 19 e os 61 anos, refere a DGS.