Presidente da Indonésia a caminho de Kiev para encontro com Zelensky
O Presidente da Indonésia, que recebe este ano a cimeira do G20, vai reunir-se hoje, em Kiev, como o homólogo da Ucrânia, numa tentativa de alcançar um cessar-fogo do conflito causado pela invasão da Rússia.
Joko Widodo, que participou na cimeira do grupo dos sete países mais industrializados do mundo (G7), na segunda-feira, na Alemanha, já está a caminho de Kiev, disse a ministra dos Negócios Estrangeiro indonésio, Retno Marsudi, que acompanha o chefe de Estado, numa mensagem vídeo.
Depois da visita à Ucrânia e do encontro com Volodymyr Zelensky, o líder indonésio segue para a Rússia, onde se vai encontrar com o Presidente, Vladimir Putin, na quinta-feira, tornando-se no primeiro líder asiático a visitar os dois países desde o início da invasão.
O líder indonésio abordou questões globais decorrentes do conflito na Europa, durante várias reuniões bilaterais com líderes presentes na cimeira de Munique, incluindo o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o Presidente francês, Emmanuel Macron.
"Em quase todas as reuniões bilaterais, foram discutidas questões relacionadas com a guerra na Ucrânia e o impacto na cadeia global de abastecimento alimentar", disse Marsudi, na mesma mensagem, divulgada nas redes sociais.
O Presidente indonésio "pediu unidade" para resolver estes problemas, que podem "causar sofrimento" a milhões de pessoas nos países em desenvolvimento, salientou a diplomata.
Antes de partir no domingo, Widodo disse que ia pedir a Zelensky e Putin um cessar-fogo imediato e procurar um acordo de paz através do diálogo.
Apesar da pressão de países como os Estados Unidos, o Canadá e a Austrália para que Putin não participe na cimeira das 20 maiores economias do mundo, entre 11 e 13 de novembro, na ilha de Bali, a Indonésia manteve até agora o convite ao líder russo.
Em abril, o Presidente indonésio, popularmente conhecido como Jokowi, alargou o convite do G20 a Zelensky e declarou que a Indonésia está pronta para "contribuir para o esforço de paz".
A Rússia foi expulsa na década passada do grupo de economias industrializadas então conhecido como G8, rebatizado G7, na sequência da invasão da península da Crimeia, na Ucrânia, em 2014.