França diz que Rússia "terá de responder" por ataque a centro comercial
A França acusou hoje a Rússia de "terríveis violações do direito humanitário na Ucrânia" após o ataque contra um centro comercial no centro da Ucrânia, que matou pelo menos 10 pessoas, dizendo que Moscovo deveria "responder por esses atos".
"A França condena o lançamento de um míssil russo que atingiu um supermercado em Krementchuk, na Ucrânia, e que matou 10 pessoas e feriu várias dezenas", segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.
"Ao bombardear indiscriminadamente civis e infraestruturas civis em toda a Ucrânia, a Rússia continua as suas terríveis violações do direito internacional humanitário", observou.
Para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, a Rússia "vai ter de responder por esses atos".
"A França apoia a luta contra a impunidade na Ucrânia", acrescentou.
Pelo menos dez pessoas foram mortas e mais de 40 ficaram feridas num ataque a um centro comercial no centro da Ucrânia, o que, segundo o primeiro-ministro britânico, mostra a "crueldade e a barbárie" de Vladimir Putin.
"Dez mortos e mais de 40 pessoas que foram feridas. Esta a atual situação em Krementchuk devido ao ataque de míssil", indicou Dmytro Lounine, à frente da administração da região de Poltava, advertindo que o balanço pode aumentar.
Em simultâneo, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, considerou num comunicado que o ataque demonstra a "crueldade e a barbárie" do Presidente russo, Vladimir Putin, e que apenas contribuirá para "reforçar a determinação" ocidental no apoio a Kiev.
"Putin deve compreender que o seu comportamento apenas reforçará a determinação do Reino Unido e de todos os outros países do G7 em apoiar a Ucrânia o tempo que for necessário", acrescentou.
O ataque atingiu um centro comercial em Krementchuk, centro da Ucrânia, no segundo dia da cimeira das grandes potências económicas do G7 nos Alpes da Baviera, sul da Alemanha, um encontro em grande parte dominado pela guerra desencadeada pela Rússia.
A guerra na Ucrânia, iniciada com a invasão russa de 24 de fevereiro, entrou hoje no 124.º dia. A ONU já confirmou a morte de mais de 4.600 civis, alertando, contudo, que o balanço real será consideravelmente superior.