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A Lituânia e Kaliningrado

Kaliningrado é uma cidade russa. Um enclave entre a Polónia e a Lituânia. Mas já foi alemã. Na divisão territorial entre os vencedores após a II Guerra Mundial, EUA, Reino Unido e União Soviética, acordaram que o território ficasse na posse do país de Estaline.

Virada para o mar báltico tem importância relevante para a sua nação já que é neste porto que resguarda grande parte da sua frota armada garantindo assim, desde há muito, acesso marítimo privilegiado.

A Lituânia limitou-se a cumprir com as sanções europeias, que implicam impedir o transporte ferroviário com aquele enclave quanto a diversas matérias. Por causa disso vem sendo ameaçada pela Rússia. Por razões simbólicas e logísticas.

Despudoradamente o Kremlin afirma que retaliará e não será diplomaticamente. Insinuando algo que até aqui ainda não tinha acontecido, já que a Lituânia é país da União Europeia e da NATO. E aí, a música já não será a mesma que toca em solo devastado ucraniano, mostrando, neste caso, a impotência ocidental, já que a Ucrânia, como sabemos, ainda não pertence nem à UE, nem à Aliança Atlântica.

Mas, se a via ferroviária na Lituânia passou a ter restrições para Kaliningrado, a marítima e a aérea estão disponíveis. A queixa fica a aparentar ser maior do que a preocupação. Parece mais operacional do que fundamental. Mas pode provocar retaliação, que se espera de outra ordem que não a belicista. A não ser que seja mais um pretexto para justificar os incontidos ímpetos agressivos e imperialistas de Putin.