Madeira

É preciso fazer "muito mais" para acabar com o "flagelo" da violência doméstica

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Foto: DR

O deputado do PS-Madeira à Assembleia da República, Carlos Pereira, defendeu, hoje, a mobilização de todas as entidades e autoridades, bem como da sociedade em geral, para combater a violência doméstica.

Em conferência de imprensa realizada na sede do partido, o parlamentar deu conta do facto de que no país, nos primeiros seis meses de 2022, morreram "mais mulheres por violência doméstica do que em todo o ano de 2021", classificando esta situação como "muito grave" e que se "exige que se faça muito mais".

Carlos Pereira disse que os dados conhecidos de violência doméstica na Região (não relacionados com mortes), "são os piores do país", pelo que esta situação deve ser mobilizada por partidos, autoridades regionais, organizações não governamentais, mas também a sociedade.

O socialista apontou que, embora exista uma maior mediatização da violência sobre as mulheres, existe igualmente a violência sobre as crianças, "que é grave e tem de ser tida em consideração", e sobre os mais velhos, "que tem crescido de forma significativa e muito preocupante nos últimos tempos", explica um comunicado enviado à redacção pelo partido.

Este flagelo é algo que nos coloca num patamar de retrocesso civilizacional. Nós temos de ser capazes de lutar por melhor educação, melhor saúde, melhor economia, mas nada disto faz sentido se continuarmos a ter e a observar estatísticas desta natureza, que nos devem envergonhar a todos”.  Carlos Pereira, deputado do PS-Madeira à Assembleia da República

Carlos Pereira considerou ser necessário que sejam criadas condições para que as mulheres possam denunciar os agressores, de modo a que “possam libertar-se desse ónus que torna a sua vida insuportável”.

Perante as estatísticas, perante os factos e perante a circunstância de a Madeira já ter demonstrado, em algumas questões, que é capaz de fazer mais rápido e melhor, acho que esta é a altura de, nesta matéria, dar esse exemplo: fazermos muito mais para acabar com este flagelo que nos deve envergonhar a todos. O apelo que faço é que os partidos, as instituições e a sociedade em geral não virem os olhos a esta questão da violência doméstica e, de uma vez por todas, possamos juntar-nos e fazer um combate sem tréguas, para que nos próximos tempos possamos dizer que estamos muito melhor e que nenhuma mulher, nenhuma criança e nenhum idoso passa por situações tão graves como as que têm acontecido”. Carlos Pereira.