Sanções do G7 visam petróleo e indústria da defesa da Rússia
Os países do G7 vão desenvolver um mecanismo para limitar o preço do petróleo russo e tentar restringir o acesso da Rússia a recursos industriais no sector da defesa, disse hoje um alto funcionário norte-americano.
Num encontro com jornalistas, a mesma fonte explicou que os líderes das sete nações mais industrializadas do mundo, que estão hoje reunidos em Elmau, na Alemanha, querem também coordenar a utilização de impostos aduaneiros sobre produtos russos para ajudar a Ucrânia.
Os pormenores sobre o funcionamento do mecanismo para impor um preço máximo global ao petróleo russo, bem como o seu impacto na economia do país, serão acertados pelos ministros das Finanças do G7 nas próximas semanas e meses, disse a fonte oficial citada pelas agências noticiosas AFP, AP e EFE.
O funcionário da administração norte-americana, que falou aos jornalistas na condição de não ser identificado, destacou que as novas sanções visarão em particular o setor da Defesa russo.
Disse que os Departamentos do Estado e do Tesouro dos Estados Unidos vão anunciar, na terça-feira, sanções contra "grandes empresas de defesa estatais", dezenas de entidades e de indivíduos russos que visarão a cadeia de fornecimento militar da Rússia.
O objetivo é limitar a capacidade de Moscovo de substituir o equipamento militar que perdeu na guerra que iniciou na Ucrânia em 24 de fevereiro, segundo a fonte.
As sanções que serão anunciadas pelos Estados Unidos na terça-feira visarão também empresas militares privadas que operam na Ucrânia e unidades militares russas que se "acredita estarem envolvidas em abusos de direitos ou violações do direito humanitário internacional na Ucrânia", referiu.
Também serão impostas sanções contra os envolvidos em "táticas da Rússia para roubar o trigo ucraniano ou que lucraram ilegalmente com os combates", disse a mesma fonte.
Sob presidência da Alemanha, participam ainda no encontro nos Alpes bávaros os líderes do Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, bem como da União Europeia (UE).
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, participa na reunião por videoconferência.