Explosões atingem Kiev de madrugada
O presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, disse que várias explosões foram sentidas esta madrugada na capital ucraniana.
As explosões terão ocorrido no distrito de Shevchenkivsky, onde os serviços de emergência foram resgatar e evacuar os moradores, avançou o autarca na plataforma Telegram.
Jornalistas da agência France Presse confirmaram pelo menos quatro explosões em Kiev, por volta das 06:30 de hoje (04:30 em Lisboa), meia hora após se terem ouvido sirenes antiaéreas na capital, que não era atingida pelos bombardeios russos há quase três semanas.
As explosões atingiram um complexo residencial perto do centro da cidade e causando um incêndio e uma nuvem de fumo. Não há até ao momento informações sobre eventuais vítimas.
Estas explosões ocorreram apesar das forças russas se terem retirado da região próxima a Kiev, em maio, para concentrar a sua ofensiva no leste da Ucrânia.
As autoridades ucranianas avançaram ainda que as tropas russas "dispararam de forma massiva" contra Kharkiv durante a noite, segundo a agência de notícias ucraniana Ukrinform.
Moradores da segunda maior cidade da Ucrânia confirmaram várias explosões por volta das 23 horas de sábado (21 horas em Lisboa), bem como uma nova série de explosões a partir da meia-noite.
A Força Aérea da Ucrânia anunciou no sábado um "ataque russo maciço (...) com mais de 50 mísseis de vários tipos disparados do ar, mar e terra", sublinhando que os mísseis utilizados são "extremamente difíceis" de intercetar pelas defesas ucranianas.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse no sábado que as tropas russas foram "forçadas a organizar uma chuva de mísseis" tendo como alvo "cidades de todo o país", devido ao arrastar do conflito, que já dura cinco meses.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de quatro mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra também causou a fuga de mais de 16 milhões de pessoas das suas casas, oito milhões das quais abandonaram o país, ainda segundo a ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.