Rui Barreto pede ao Congresso mandato para celebrar acordo pré-eleitoral com PSD
O líder regional do CDS, Rui Barreto, pediu, esta tarde, aos militantes presentes no 18.º Congresso do partido, um mandato para celebrar um acordo com o PSD para uma coligação às eleições regionais do próximo ano. No discurso de apresentação da moção de estratégia global, Barreto sublinhou que “não seria minimamente entendível que dois partidos que governam juntos em dois momentos críticos (pandemia e guerra na Europa) andassem a se digladiar” a um ano das eleições, porque “isso não faz sentido absolutamente nenhum”.
Barreto destacou as conquistas eleitorais do seu partido desde o seu último congresso, em 2018: a entrada no Governo Regional em coligação com o PSD; a manutenção da Câmara de Santana e a retirada da Câmara do Funchal ao PS, onde agora há um executivo com uma vereadora centrista. "Dizem que o CDS está morto. Eu acho isso manifestamente exagerado. É inveja. A única região onde o PS nunca governou é na Madeira", referiu o líder regional.
O mesmo dirigente anunciou neste fim-de-semana fecha-se um ciclo político que teve início em Julho de 2018, no último congresso, em que o CDS estava na oposição. Lembrou que nas eleições de 2019 “o PSD perdeu a maioria mas poderia ter optado por governar em minoria, poderia ter decidido fazer um acordo de incidência parlamentrar, mas preferiu convidar o CDS para formar governo”. Ao CDS colocavam-se duas opções: formar governo com o PSD ou entrar numa geringonça com o PS e JPP. “A segunda hipótese nunca esteve em jogo”, revelou Rui Barreto, que explicou que uma aliança com os socialistas representaria uma subversão dos compromissos com os seus militantes e com o seu espaço político.