Madeira

Chega critica encerramento de escola e redução do horário de serviços na Ponta do Pargo

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O Chega Madeira visitou a Ponta do Pargo, após ter sido contactado por moradores locais, que se queixam do previsto encerramento da escola primária daquela Freguesia, obrigando futuramente as crianças a se deslocarem para longe, para outra escola do Concelho da Calheta.

"Foi-nos informado que, após o encerramento da única agência bancária da Freguesia, com a retirada da respectiva caixa multibanco há mais de seis meses, os pais receberam agora também uma comunicação por parte da Direcção da escola, informando que a mesma será fechada já para o próximo ano lectivo e que aquele espaço será convertido num museu", constata o Presidente da Direcção Regional, durante uma visita juntamente com outros membros e militantes do Chega Madeira.

"É pertinente referir que actualmente os moradores da Ponta do Pargo são maioritariamente idosos e famílias com crianças", acrescenta.

Segundo a nota de imprensa enviado esta manhã pelo Chega, os moradores reclamam da sucessiva degradação das condições de vida na Freguesia, uma vez que, esta escola não é a primeira a ser encerrada, não há sequer uma caixa multibanco que disponibilize dinheiro, dificultando e desincentivando o comércio local.

"A Segurança Social funciona apenas dois dias por semana no período da manhã, não há creche para as crianças mais pequenas e há cerca de um mês que não têm médico no centro de saúde por motivo de férias", observa.

Diz que a falta de serviços básicos nesta freguesia, obriga os moradores a se deslocarem a outras freguesias mais distantes, prejudicando a qualidade de vida, aumentando as despesas em transportes e provocando em simultâneo a redução do comércio local.

"O Chega Madeira questiona os verdadeiros interesses que estão subjacentes ao encerramento da escola e à redução de horários dos serviços públicos? Mais ainda, questiona o motivo pelo qual o Centro de Convenções se encontra inexplicavelmente subaproveitado e praticamente fechado? Uma obra que envolveu um enorme investimento, financiado também com dinheiro dos contribuintes. O edifício é  considerado pela população local, como mais um “elefante branco” da má gestão do Governo Regional".

"O que se está a passar nesta Freguesia? Parece tratar-se de um plano arquitectado com a conivência do poder político, com vista a uma desertificação da Freguesia da Ponta do Pargo, com objectivos pouco transparentes como por exemplo: permitir a aquisição de propriedades devolutas mais baratas, por grandes investidores privados, viabilizando valorizações imobiliárias e turísticas especulativas futuras, com a construção do futuro Campo de Golfe".

Defende por isso "que devem ser desenvolvidas políticas sérias, responsáveis e transparentes, que garantam o crescimento e a fixação sustentada da população na Ponta do Pargo, contrariando exatamente o que se tem vindo a verificar nos últimos anos".