Ministro diz que companhia não está em condições para reverter cortes salariais
O ministro das Infraestruturas e da Habitação avisou hoje em Lagos sobre a necessidade de se respeitar o plano de reestruturação da TAP, não estando a empresa em situação de reverter os cortes salariais aprovados.
"O Governo não negoceia, quem negoceia é a administração da TAP, mas o Governo continuará a explicar e a sensibilizar para a importância de nós sermos todos firmes na concretização do plano reestruturação do qual depende a sobrevivência da companhia aérea onde eles trabalham", disse Pedro Nuno Santos à margem da cerimónia de assinatura do auto de consignação da empreitada de eletrificação do troço ferroviário entre Tunes e Lagos.
Para o responsável governamental, a TAP "não está propriamente em situação financeira que lhe permita reverter os cortes que foram fundamentais e que são fundamentais para sustentar a recuperação da empresa".
No domingo passado, a TAP anunciou que vai reduzir em 10% o corte que os pilotos sofreram nos vencimentos e aumentar o patamar a partir do qual aplicará reduções nos salários dos restantes trabalhadores.
Na segunda-feira, o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) acusou a TAP de "manipulação e propaganda" e garantiu que iria acionar "todos os mecanismos legais" para contestar o que dizem estar a ser "incumprido".
Posteriormente, o SPAC afirmou, no final de uma reunião que teve na quinta-feira ao fim do dia com o ministro das Infraestruturas e da Habitação, que a solução para a situação na TAP "está do lado" da empresa e "da tutela".