A Guerra Mundo

Chefe da NATO destaca "importantes decisões" a adoptar na cimeira de Madrid

None
Foto EPA

O secretário-geral da NATO sublinhou hoje que na cimeira da Aliança em Madrid vão ser adotadas "importantes decisões" em cinco áreas "chave", incluindo o apoio à Ucrânia, reforço da presença militar e aprovação do novo Conceito estratégico.

"Falámos dos nossos preparativos para a cimeira da NATO em Madrid. Tomaremos importantes decisões em cinco áreas chave", disse Jens Stoltenberg aos jornalistas, ao lado do primeiro-ministro checo, Petr Fiala, com quem se reuniu hoje,

Sobre o Conceito Estratégico, o documento que determinará as estratégias da Aliança Atlântica nos próximos anos, o político norueguês recordou tratar-se do "plano definidor para o futuro da (...) Aliança" e que "estabelecerá a (...) posição conjunta sobre a Rússia, os desafios emergentes e a China, e ainda a (...) associação com a União Europeia, que atingiu níveis sem precedentes".

Este documento descreve os objetivos da NATO, além de identificar as características centrais em termos de segurança e proporcionar diretrizes para a adaptação das suas forças militares. O Conceito Estratégico foi revisto pela última vez em 2010.

"Intensificaremos a nossa dissuasão e defesa, fortalecendo a nossa presença, capacidades e boa disposição de forças, em particular na parte leste da Aliança", acrescentou o secretário-geral da NATO.

Disse ainda que serão aprovadas medidas para apoiar a Ucrânia e outros "parceiros em risco". Para Kiev, a NATO tem prevista a adoção de um "exaustivo programa de assistência".

Nesta perspetiva, saudou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que vai participar na cimeira, previsivelmente por videoconferência.

Stoltenberg indicou que os líderes aliados abordarão os gastos na área da defesa e "melhorarão a repartição dos encargos, com mais investimento na defesa para fazer mais juntos".

Na cimeira de Madrid, que decorre entre as próximas terça e quinta-feira, serão ainda analisados os pedidos da Finlândia e Suécia para a adesão à organização transatlântica, bloqueada pelas exigências da Turquia, que pede aos dois países nórdicos uma alteração radical da sua atitude face às organizações políticas curdas.

"A Turquia tem legítimas preocupações sobre segurança e estamos a trabalhar para as resolver com a Suécia e Finlândia", indicou o ex-primeiro-ministro norueguês.

O chefe da NATO também considerou que a reunião "será uma oportunidade para voltar a comprometer-se com a ligação vital entre a Europa e a América do Norte".

"Num momento em que enfrentamos a mais grave situação de segurança em décadas, devemos seguir juntos, para proteger a nossa gente e os nossos valores", considerou Stoltenberg.

O primeiro-ministro checo, Petr Fiala, assinalou que a guerra da Rússia contra a Ucrânia estará no centro da cimeira de Madrid e da presidência checa da União Europeia que se inicia a 01 de julho.

Indicou ainda estar confiante de que durante a presidência checa será assinada em Praga uma nova declaração conjunta sobre a cooperação entre a UE e a NATO.