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Governo defendeu que tem resposta "robusta" mas admite avaliar e reforçar medidas

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Foto MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

O Governo defende que apresenta uma resposta global "robusta" para mitigar junto das famílias e empresas as consequências do aumento da inflação, mas admite avaliar em cada momento e eventualmente reforçar essas medidas de apoio.

Esta posição foi transmitida pela ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, no final da reunião do Conselho de Ministros, depois de interrogada se o Governo admite avançar com moratórias para empresas e famílias, tal como aconteceu durante a pandemia da covid-19, agora para fazer face ao aumento da inflação em Portugal.

"O Governo continua sempre numa perspetiva de avaliar as medidas que vai tomando e reforçá-las, como hoje se concretizou", respondeu a titular da pasta da Presidência.

Perante os jornalistas, a ministra da Presidência referiu que em março passado o Governo anunciou um conjunto de medidas que visam "uma resposta à atual conjuntura" -- medidas avaliadas em 1,3 mil milhões de euros.

"Desta resposta fazem parte instrumentos distintos, como aqueles que se relacionam com o tema da energia - aliás reforçados com a decisão [da Comissão Europeia] sobre o mecanismo ibérico --, assim como medidas mais dirigidas às famílias e às empresas", assinalou.

Neste contexto, Mariana Vieira da Silva apontou que, no Conselho de Ministros de hoje, o executivo procedeu à renovação de dois desses instrumentos: O apoio de 60 euros destinado às famílias mais vulneráveis e a prorrogação ao nível das obrigações fiscais.

"Essa é a avaliação que o Governo faz da resposta que é necessária. Quando olhamos para o impacto que todas estas medidas têm nos preços das energias e dos cereais, identificamos uma resposta robusta", sustentou.

Ainda de acordo com a titular da pasta da Presidência, com a entrada em vigor do Orçamento do Estado para 2022, será concretizado "um conjunto de medidas como o reforço dos abonos de família e redução de impostos para famílias e empresas - medidas que contribuem para uma maior capacidade de resposta".

"Procuramos dar a todos condições para resistir àquilo que é um choque significativo causado por uma guerra na Europa com amplas consequências também económicas e sociais", acrescentou.