Rui Abreu preocupado com o encerramento do consulado em Toronto
O director regional das Comunidades e Cooperação Externa, Rui Abreu, mostrou-se preocupado com a situação do Consulado-Geral de Portugal em Toronto, encerrado desde 13 de Junho, devido à falta de recursos humanos.
Infelizmente, é recorrente a falta de recursos humanos que tem levado a algumas ruturas nos serviços da rede consular, como é recorrente que os tempos de espera e os tempos de resposta sejam demasiado prolongados, até para as pessoas conseguirem uma simples marcação. Agora mais grave, e o que não é usual é a rutura completa dos serviços que leva ao encerramento de um consulado-geral, o que traz sérios constrangimentos à comunidade portuguesa, em geral, e à comunidade madeirense em particular Rui Abreu, director regional das Comunidades e Cooperação Externa
No caso do Consulado-Geral de Toronto, esta falta de recursos humanos já se arrasta há alguns anos, mas os alertas não tiveram eco junto do Governo da República.
“Já era previsível que uma rutura pudesse acontecer, mas nunca com esta dimensão”, lamentou, adiantando que a Comunidade Madeirense já demonstrou a sua preocupação face ao sucedido, junto da Direção Regional das Comunidades e Cooperação Externa.
O Conselheiro das Comunidades Madeirenses no Canadá, José Rodrigues, reforçou as preocupações do Governo Regional da Madeira.
É uma situação que se arrasta há alguns anos e que se agravou com a pandemia, época em que muitos serviços passaram a ser prestados online. No entanto, os serviços online, não podem ser a única via de disponibilização de serviços essenciais à população. Por um lado, há pessoas que não estão à vontade com as novas tecnologias. Por outro lado, há processos que necessitam de ser resolvidos presencialmente José Rodrigues, Conselheiro das Comunidades Madeirenses no Canadá
José Rodrigues falou ainda dos serviços telefónicos do Consulado-Geral de Toronto que estão encerrados há algum tempo, também devido à falta de recursos humanos, o que dificulta a comunicação entre a Comunidade e o Consulado.
“Ora, os portugueses merecem ter um melhore serviço e tudo isto prejudica os filhos de Portugal. Têm de ser encontradas alternativas e uma solução definitiva”.
José Rodrigues diz mesmo que “a República deve tomar as devidas ações para que Portugal esteja bem representado no estrangeiro através dos serviços consulares, para que possam dar assistência devida a todos os portugueses.”
Neste sentido o Conselheiro deixa um apelo ao Governo da República. “Faço um apelo à ministro dos Negócios Estrangeiros para dotar os serviços consulares com os recursos humanos necessários a bem de todos nós e de Portugal”.
Para José Rodrigues os problemas que o consulado atravessa nada têm a ver com o desempenho Cônsul-Geral de Portugal em Toronto. “Neste momento temos um dos melhores cônsules que por aqui passou. É um homem integro, muito acessível, que está junto da comunidade e conhece os problemas do sistema consular”.
O Conselheiro refere que o cônsul-geral em Toronto está sempre disponível para resolver os problemas da Comunidade. “Mas, por maior boa-vontade que o senhor Cônsul tenha, não consegue resolver todos os dossiers. E esta falta de recursos humanos leva a condições de trabalho deficientes e consequentemente o serviço não consegue funcionar. É algo que não pode ser imputado ao Senhor Cônsul-Geral”, ressalvou.
“O importante é que a República encontre uma solução definitiva, já que para breve está previsto apenas o envio provisório de alguns técnicos”, concluiu.