Aliados consideram EUA mais confiáveis desde a guerra na Ucrânia
Os Estados Unidos são considerados mais confiáveis pelas populações dos países aliados desde o início da invasão russa da Ucrânia, enquanto a imagem de Moscovo, já negativa, acentuou-se, refere uma sondagem internacional divulgada esta quarta-feira.
Na Suécia, país do norte da Europa que apresentou recentemente a sua candidatura à NATO, 84% dos inquiridos acreditam que Washington é um parceiro confiável, 21 pontos a mais do que um ano antes, segundo o estudo do Pew Research Center realizado em 18 países.
Um aumento comparável registou-se na Coreia do Sul (83%, mais 25 pontos) e Canadá (84%, mais 16 pontos).
A imagem de confiabilidade dos Estados Unidos também melhorou significativamente noutros países, incluindo a Bélgica, Alemanha, Reino Unido e Austrália.
O Presidente dos EUA, Joe Biden, liderou os esforços internacionais para sancionar Moscovo e enviar biliões de dólares em armas para Kiev, desde que o homólogo russo, Vladimir Putin, lançou a sua invasão à Ucrânia em 24 de fevereiro, apesar das advertências ocidentais.
A ação da Casa Branca reflete-se na imagem geral dos Estados Unidos, para além da questão de sua confiabilidade.
A Polónia, que também assumiu dianteira do apoio à Ucrânia, é outro país que classifica bem os EUA e o seu Presidente.
Segundo a sondagem, 91% dos polacos têm uma opinião positiva dos Estados Unidos, enquanto apenas 2% têm uma boa imagem da Rússia, ao contrário dos 33% registados em 2019.
Contra a corrente, a Grécia, onde o sentimento antiamericano é forte, apesar da adesão à NATO, a Itália, onde o apoio determinado a Kiev, demonstrado pelo chefe de governo Mario Draghi, não é unânime, ou a França, regista-se uma queda na popularidade de Washington, em 15, 13 e 08 pontos, respetivamente.
A Grécia e a Malásia são, desta forma, os únicos países abrangidos pelo inquérito onde menos de metade das pessoas inquiridas têm uma imagem positiva dos Estados Unidos.
O estudo foi realizado entre 23.484 adultos em 18 países entre 14 de fevereiro e 11 de maio.
A Rússia lançou, em 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou 4.597 civis e deixou 5.711 feridos, segundo dados da ONU, que sublinha que os números reais poderão ser muito superiores.