EUA "profundamente entristecidos" por sismo "devastador"
Os Estados Unidos "estão profundamente entristecidos ao ver que um sismo devastador tirou a vida de pelo menos 1.000 pessoas no Afeganistão", disse hoje o conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan.
Num comunicado, Jake Sullivan indica que o Presidente norte-americano, Joe Biden, "está a acompanhar a evolução da situação" e está a examinar "opções de resposta".
Os Estados Unidos, que saíram do Afeganistão no verão de 2021 após 20 anos de guerra, estão "orgulhosos de ser o primeiro fornecedor de ajuda humanitária" no país do Médio Oriente, recorda.
O número de mortos causados pelo sismo de 5,9 na escala de Richter que atingiu hoje o leste do Afeganistão subiu para mil e o número de feridos para 1.500, segundo um novo balanço apresentado pelo Governo.
O anterior balanço dava conta de 920 vítimas mortais e 600 feridos.
O chefe do departamento de informação e cultura da província de Paktika, Mohammad Amin Huzaifa, adiantou à agência AFP que "o número de mortos atingiu os mil e está a aumentar".
As operações de salvamento esperam-se complicadas, uma vez que muitas organizações de ajuda internacional deixaram o Afeganistão depois da tomada do país pelos talibãs no ano passado e a caótica retirada das forças internacionais do território.
O sismo foi registado hoje a cerca de 46 quilómetros da cidade de Khost, perto da fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que também relatou um tremor secundário de 4,5 de magnitude.
Imagens partilhadas nas redes sociais mostram várias casas destruídas, enquanto o governo talibã já iniciou os esforços de resgate enviando ajuda, helicópteros e material médico.
O USGS referiu que o sismo, com uma magnitude de 5,9, ocorreu a uma profundidade de 10 quilómetros, pelas 04:30 TMG (05:30 em Lisboa), perto da fronteira com o Paquistão.
Responsáveis afegãos mencionaram mais tarde uma magnitude de 6,1.