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Israel começa a construir muro de separação no norte da Cisjordânia ocupada

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Israel começou a construir um muro de betão de 45 quilómetros de comprimento no norte da Cisjordânia, que substituirá a atual cerca que separa o país do território palestiniano ocupado, indicou hoje o governo.

"A barreira de segurança incluirá um muro de proteção e meios tecnológicos adicionais", informou o Ministério de Defesa, adiantando que a construção começou na terça-feira.

De acordo com o Governo israelita, o muro terá uma altura de nove metros e "substituirá a cerca de segurança que foi construída há 20 anos".

A medida reforçará a barreira que separa Israel do território palestiniano ocupado e que o Estado hebreu começou a construir há duas décadas face aos atentados suicidas palestinianos da Segunda Intifada, a revolta civil palestiniana entre 2000 a 2005.

Nos últimos meses, vários dos seis ataques que mataram 18 pessoas em Israel foram cometidos por palestinianos da cidade de Jenin, no norte da Cisjordânia, que atravessaram através de buracos a vedação de separação existente.

Em resposta a estes incidentes, Israel reagiu com planos de reforço da vedação, reparando brechas e aumentando o muro de betão, que começou a ser construído em 2002 e tem hoje centenas de quilómetros de comprimento, sendo considerado pelo Governo israelita como um elemento-chave da segurança do país, tendo conseguido reduzir os ataques palestinianos.

Por seu turno, os palestinianos consideram que a divisão física é uma medida de discriminação semelhante ao 'apartheid' sul-africano, que limita a sua liberdade de circulação.

O Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), o órgão judicial mais elevado da ONU, decidiu em 2004 que o muro era ilegal e contrário ao Direito Internacional, que deveria ser destruído e que os palestinianos mereciam uma indemnização.

Cerca de 475.000 colonos israelitas vivem em colonatos na Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967, ao lado de 2,8 milhões de palestinianos.