Festival Raízes do Atlântico arranca amanhã
Os madeirenses D’Repente e a banda multicultural Ayom abrem o mais antigo festival de 'world music' do País
Depois de um interregno de dois anos, o Festival Raízes do Atlântico regressa esta quinta-feira, 23 de Junho, à Praça do Povo, no Funchal, com um programa de seis concertos em três dias, apresentando um leque de vozes que nos levarão para o mundo Atlântico.
O evento organizado pela Secretaria Regional de Turismo e Cultura, através da Direção Regional da Cultura, já vai na sua XXI edição e tem como propósito a união entre povos irmãos, entre sons, que apesar de variados, perfilham uma identidade comum: a cultura Atlântica.
O Raízes do Atlântico 2022 começa amanhã, pelas 21h30, com os D’Repente, um grupo madeirense criado em 2016 que tendo por base os cordofones madeirenses resolveu ir mais longe, proporcionando arranjos diversos e englobando géneros como o Funk, a Morna, o Samba; Hip-hop, blues, entre outros.
Já pelas 22h30, sobem ao palco os Ayom - 'Senhor da Música' na mitologia afro brasileira - uma banda multicultural, liderada pela vocalista brasileira Jabu Morales e que se formou entre Lisboa e Barcelona para criar música com a sonoridade do Atlântico tropical, negro e mestiço, onde, entre outros, faz vibrar ritmos como o carimbó, cumbia, baião, semba, coladeira, funaná, ijexá e guaguance, misturando assim, tradições centenárias com a linguagem rítmica das culturas lusófonas, levando-nos para uma viagem através da musicalidade profunda, provocativa e dançante, onde coexistem tradição e contaminação, masculino e feminino, poesia e energia, alegria e engajamento.
Os concertos são de acesso gratuito, no local, serão disponibilizados 600 lugares sentados.
O secretário regional de Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, sublinha o regresso daquele que é o mais antigo festival de 'world music' do País e convida toda a população a participar naquela que pretende ser uma festa em torno da música.
Queremos que a edição de 2022 do ‘Raízes’ seja uma celebração da música, mas também da multiculturalidade e das ligações que o oceano Atlântico tem criado ao longo dos séculos. Entre amanhã e sábado, pelo palco do festival passarão nomes conhecidos da música regional, como os D’Repente, Pedro Marques e os Mano a Mano, mas também as sonoridades do hemisfério Sul com os Ayom, de Cabo Verde com Miroca Paris, e do Brasil com a famosa Alcione que virá à Madeira celebrar 50 anos de carreira. Serão três noites que se adivinham musicalmente memoráveis. Venham celebrar o Atlântico connosco. Eduardo Jesus
Confira o programa