Número de mortos no sismo do Afeganistão sobe para 920
O número de mortos causados pelo sismo de 5,9 na escala de Richter que atingiu hoje o leste do Afeganistão subiu para 920, segundo um novo balanço apresentado pelo governo.
Em conferência de imprensa, o Vice-Ministro de Estado para a Gestão de Desastres, Sharafuddin Muslim, indicou que o número de feridos ascende a 600, acrescentando que os números podem aumentar.
O sismo foi registado hoje a cerca de 46 quilómetros da cidade de Khost, perto da fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que também relatou um tremor secundário de 4,5 de magnitude.
Imagens partilhadas nas redes sociais mostram várias casas destruídas, enquanto o governo talibã já iniciou os esforços de resgate enviando ajuda, helicópteros e material médico.
A agência sismológica europeia EMSC informou que o abalo foi sentido ao longo de 500 quilómetros por 119 milhões de pessoas no Afeganistão, no Paquistão e na Índia.
O USGS referiu que o sismo, com uma magnitude de 5,9, ocorreu a uma profundidade de 10 quilómetros, pelas 04:30 TMG (05:30 em Lisboa), perto da fronteira com o Paquistão. Responsáveis afegãos mencionaram mais tarde uma magnitude de 6,1.
O Papa Francisco já se pronunciou sobre a catástrofe hoje no Vaticano e disse que ia rezar pelo povo afegão.
"Nas últimas horas, um terramoto fez vítimas e causou grandes danos no Afeganistão. Exprimo as minhas condolências aos feridos e afetados pelo terramoto. E rezo em particular por aqueles que perderam as suas vidas e pelas suas famílias", disse o pontífice.
"Espero que com a ajuda de todos possamos aliviar o sofrimento do amado povo afegão", acrescentou, dirigindo-se aos milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Este sismo acontece depois da saída de muitas agências de ajuda internacional do Afeganistão face à retirada dos militares dos Estados Unidos e da NATO e à tomada de poder pelos talibãs em agosto de 2021.
O desastre complicará o cenário de crise que o país de 38 milhões de pessoas atravessa.