Iniciativa Liberal deixa críticas à nova operação de fiscalização da ARAE e a Rui Barreto
No mais recente comunicado, a Comissão Coordenadora da Iniciativa Liberal Madeira vem criticar a operação que a Autoridade Regional das Actividades Económicas (ARAE) iniciou ontem para fiscalizar as eventuais práticas especulativas e de monitorização ao regime de preços de venda ao público dos bens alimentares considerados essenciais, conforme o DIÁRIO noticiou hoje na sua edição impressa.
Perdeu-se toda a vergonha. A simples sugestão de que a ARAE, que se vai prestar a esta ridicularia e andar nos supermercados de colete e prancheta na mão a ver se os preços estão no nível a que o Secretário Barreto acha que devem estar e a castigar prevaricadores, para além de ser do pior social-populismo, é ilustrativa da total ausência de escrúpulos. A ARAE não vai fazer absolutamente nada para as grandes superfícies. Fingirá que trabalha. Vão ver as prateleiras, percorrer os corredores, eventualmente pedir umas facturas e guias. E as pessoas vêem-nos por lá e ficam logo mais sossegadas. Pelo menos até chegarem à caixa para pagar.
O partido questiona assim onde Rui Barreto tirou o seu curso de gestão de empresa. “Foi on-line na Faculdad de Economia de La Havana?”, pode ler-se no comunicado, onde ainda refere que “indesculpável que não saiba os seus mecanismos de funcionamento. Então não conhece o Sr. Secretário os mecanismos da lei da oferta e da procura? Não será esse conhecimento condição essencial para exercer as funções que exerce?”, refere.
Do alto da sua sabedoria, adquirida no “Malecón havanero”, o Sr. Secretário emitiu uma frase fantástica: “poderá também haver a tentação para inflacionar os preços”. Importa-se de repetir? Então se estamos com inflação homóloga em Maio de 7,6%, quereria o Sr. da Economia que isso não se reflectisse nos preços? Que raio de teoria económica determina isso? Fala na aplicação da lei? Que lei é que determina a fixação dos preços? De que produtos considerados essenciais, decidiu o socialista Barreto o preço limite? Onde se pode consultar essa espécie de “cesta básica” à moda do lulismo brasileiro?
A Iniciativa Liberal sublinha que “baixar impostos, fazendo com que as pessoas possam ficar com mais dinheiro, para poderem fazer face ao agravamento dos preços”, isso é que não aconteceu, uma vez que com a “sobranceria costumeira” o Presidente do Governo Regional foi “peremptório em dizer que não baixa o IVA”.
Gostávamos de ter ouvido o Sr. Secretário dizer que defendia a baixa de impostos como meio de combater os efeitos da inflação. Que não veria com maus olhos um Orçamento Rectificativo que acertasse para baixo os escalões do IRS. Que considerava a proposta feita em sede de Orçamento de Estado pela Iniciativa Liberal, de criar um escalão único a todos os que ganhassem metade do salário ilíquido de um deputado, aos quais seria aplicada uma taxa de 14,5%.
