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EasyJet pede que Governo e SEF cheguem a consenso para não afectar passageiros

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 Foto: António Cotrim/Lusa

O diretor-geral da easyJet Portugal, José Lopes, apelou hoje para que o Governo e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) cheguem a um consenso, para que a operação no verão e os passageiros não sejam afectados.

"Quando temos a decorrer uma guerra social entre duas entidades [Governo e SEF] é mais difícil de prever em que momento vai haver impacto na operação", defendeu o responsável para Portugal da companhia aérea britânica, em conferência de imprensa, que destacou a questão do controlo de fronteiras nos aeroportos portugueses como "o grande problema para este verão".

"O nosso apelo é que ambas as partes cheguem a um consenso e resolvam o seu problema sem afetar os passageiros", acrescentou José Lopes.

Em 12 de junho, a ANA Aeroportos adiantou que tempos de espera na área das chegadas do aeroporto de Lisboa ultrapassaram as três horas nesse dia, devido à "insuficiência de recursos e de postos de controlo de fronteira SEF em funcionamento".

Recentemente foram implementadas várias medidas imediatas, entre as quais o reforço do aeroporto de Lisboa com 25 inspetores do SEF - 55 no total em todos os aeroportos -, que se mantêm em funções até ao final da vigência do plano de contingência implementado pelo Ministério da Administração Interna, e que contarão com reforços pontuais, através do recurso às escalas de prevenção e aos elementos a destacar pela Frontex.

Face ao recente anúncio de que a easyJet vai reduzir a capacidade de transporte este verão, devido à grande escassez de funcionários no setor da aviação e para a evitar o caos que se tem verificado nas últimas semanas nos aeroportos, José Lopes adiantou que, até ao momento, o impacto esperado em Portugal implica apenas o cancelamento de oito voos, até ao final do verão.

José Lopes explicou que se trata de um problema "exógeno", que resulta da falta de trabalhadores que prestam assistência em aeroportos e que afetará de forma mais expressiva os aeroportos de Londres Gatwick e Amesterdão, onde a capacidade para o verão foi reduzida e levou, consequentemente, a uma série de cancelamentos adicionais.

O responsável antecipou "um verão difícil" nos aeroportos e garantiu que estão a ser levadas a cabo conversações com todos os intervenientes, por toda a Europa, para fazer face ao problema.