"Não reconheço ao sindicato competências de gestão da Marinha"
O Almirante Gouveia e Melo nega intransigência e fala na adequação dos meios às operações
O Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Gouveia e Melo, foi recebido esta manhã, em audiência, pelo presidente da Assembleia Legislativa, José Manuel Rodrigues. Antes passou pelo Palácio de São Lourenço, para reunir com o Representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto.
Uma ocasião aproveitada para ser questionado sobre o facto de a Associação Sócio Profissional da Polícia Marítima (ASPPM) e o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas terem intentado, no Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal, providência cautelar contra a Autoridade Marítima Nacional.
Em causa está o regime de prestação de serviço dos elementos da Polícia Marítima e dos vigilantes da natureza pertencentes ao Corpo de Vigilantes da Natureza da Região Autónoma da Madeira, assim como o processo de rendição dos efectivos naquela ilha.
O Almirante Gouveia e Melo negou uma posição de intransigência, mas reafirmou a adequada operacionalização dos meios da Marinha à realidade regional. E disse ainda: “Eu não reconheço ao sindicato competências de gestão da Marinha, nem da Autoridade Marítima. Reconheço autoridade e competência para discutir assuntos que têm a ver com a associação e com os direitos dos polícias marítimos, mas não competências de gestão das operações”.
O Chefe do Estado-Maior da Armada explicou que têm de avaliar permanentemente o conjunto de operações que estão a fazer (operações logísticas, operações de fiscalização, operações de busca e salvamento” e deixou claro que não vão exigir “que as pessoas estejam lá dois meses ou três meses, mas também não podemos fazer rendições de três em três dias ou de quatro em quatro dias”. Aliás, lembrou, “no passado já rendemos de três em três semanas. Não é uma coisa nova”.