Madeira

JPP pede “igualdade de tratamento, em relação, por exemplo, aos açorianos”

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Foto: DR

Rafael Nunes, vice-presidente do grupo parlamentar do JPP, criticou a "inércia" do Governo Regional (GR) perante a escalada dos preços dos combustíveis.

Segundo o deputado, é "inadmissível" o agravamento do custo de vida, num dia em que o preço dos combustíveis volta a aumentar.

No gasóleo verificamos um aumento de 10 cêntimos por litro, que se juntam aos 8 cêntimos que os madeirenses tiveram de pagar a mais desde a passada segunda-feira". Rafael Nunes, vice-presidente do grupo parlamentar do JPP.

Rafael Nunes evidenciou ainda, as dificuldades das famílias que não conseguem aguentar o aumento "brutal" para abastecer os carros, bem como "comprar o básico das suas contas de supermercado".

Numa conferência de imprensa, esta manhã, na Assembleia Legislativa da Madeira, o deputado do JPP, voltou a reivindicar a descida do IVA. "O que foi aumentado pela TROIKA para pagarmos a divida deixada pelas anteriores Governações”, acrescentando que, a redução do IVA, já foi proposta diversas vezes pelo partido, mas que acaba por ser recusada "pela maioria do PSD agora coligada com o CDS".

O deputado refere que os Açores "tirou partido da sua autonomia fiscal e aplicou o diferencial de 30% do IVA e que graças isso, hoje, os açorianos têm poupanças significativas na maioria dos produtos".

Hoje, os Açores apresentam IVA de 4% (na taxa reduzida, na Madeira são 5%), 9% (na taxa intermedia, na Madeira são 12%) e 16% (na taxa normal, os Madeirenses pagam 22%), mais 6 pontos percentuais que nos Açores” . Rafael Nunes, vice-presidente do grupo parlamentar do JPP.

“Não faz sentido, que num momento em que todos sofremos as consequências da pandemia e da guerra na Ucrânia, venha o Governo vangloriar-se da pujança da receita fiscal, enquanto as empresas e os cidadãos fazem esforços astronómicos para aguentarem com estes preços e com os custos de vida", acrescentou.

Rafael Nunes reforçou que o partido "não aceita que os madeirenses continuem a pagar os preços mais altos do país e que e que perante a intransigência do Governo Regional em aceitar as medidas" do JPP,  pedindo que exista "igualdade de tratamento, em relação, por exemplo, aos açorianos”.

Terminou a conferência de imprensa, reafirmando que o JPP vai continuar a pressionar o governo de forma a garantir “um alívio aos madeirenses”, os mesmos direitos e igualdade de tratamento.

"Não somos portugueses de segunda” concluiu.