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Geórgia quer trabalhar com Comissão para alcançar estatuto de candidato à UE

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A Geórgia está disposta a iniciar imediatamente trabalhos com a Comissão Europeia (CE) para cumprir as condições de concessão do estatuto de candidato à União Europeia (UE), disse hoje o primeiro-ministro georgiano, Irakli Garibashvili.

Numa reunião do Governo, o primeiro-ministro descreveu de "histórica" a decisão de Bruxelas, tomada na passada sexta-feira, de recomendar à cimeira dos líderes da UE, que se realiza no final desta semana, a concessão da "perspetiva europeia" à Geórgia.

"A CE também recomendou que a Geórgia obtenha o estatuto de país candidato assim que preencha determinadas condições e requisitos para o mesmo. Depois do Conselho Europeu aprovar esta recomendação, começaremos de imediato a trabalhar com Bruxelas nesta direção", afirmou Garibashvili.

De acordo com o primeiro-ministro, a maioria das recomendações da CE já constava da agenda da interação da Geórgia na UE.

"Vamos esclarecer o resto, faremos tudo de forma a recebermos o estatuto de país candidato", prometeu.

"Não invejamos, mas felicitamos os nossos amigos ucranianos e moldavos", acrescentou o governante, em resposta à recomendação da CE dada ao Conselho Europeu em conceder à Ucrânia e à Moldova o estatuto de país candidato à UE.

A CE fez 12 recomendações à Geórgia e garantiu rever a implementação das mesmas até ao final de 2022.

Entre as medidas que Bruxelas espera que Tbilissi concretize, salienta-se a redução da polarização política, a adoção de reformas judiciais e democráticas, a dessolidarização da vida política e pública e um reforço das instituições. 

Segundo as sondagens, a adesão da Geórgia à UE é apoiada por 80% dos cidadãos do país, que tem uma população de 3,7 milhões de pessoas.

Entretanto, a oposição georgiana apelou a uma manifestação antigovernamental em Tbilisi, que se realiza hoje à frente do parlamento nacional, depois da recusa da UE em conceder à Geórgia o estatuto do país candidato.

A oposição culpa o Governo pela não atribuição do estatuto e exige agora a sua demissão.

"Só nos resta um caminho, que é retirar o partido no poder o mais depressa possível", afirmou na sexta-feira passada o deputado da oposição Paata Mandzhgaladze.