Costa Silva garante que Banco de Fomento "vai ser um sucesso" apesar das "dores de parto"
O ministro da Economia garantiu hoje que o Banco de Fomento "vai ser um sucesso" e disse que o arranque está a sofrer das "dores de parto", devido às interrupções causadas pela pandemia e pela crise política.
"[O Banco de Fomento] vai ser um sucesso, são as dores de parto, digamos, do nascimento", afirmou o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, que participou num debate moderado pelo jornalista Anselmo Crespo, no âmbito da CNN Portugal Summit, juntamente com o presidente da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Macedo, a presidente executiva da Altice Portugal, Ana Figueiredo, e o economista António Nogueira Leite.
O Banco Português de Fomento foi criado em 2020 com o objetivo de promover a modernização das empresas e o desenvolvimento económico do país, mas ainda não tem presidente do Conselho de Administração.
Costa Silva lembrou que o arranque da instituição foi marcado por interrupções causadas pela pandemia de covid-19 e pela crise política motivada pela queda do Governo.
"Nós somos também um país de muitos treinadores de bancada, [...] Mas nós vamos descobrir a solução e ela vai funcionar", garantiu o ministro.
Na semana passada, o Conselho de Ministros aprovou um diploma que equipara as regras de recrutamento dos administradores do Banco de Fomento ao regime geral das instituições de crédito, afastando as normas previstas no estatuto do gestor público.
Segundo explicou o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, André Moz Caldas, o anterior regime previa que eram aplicáveis as regras relativas ao estatuto do gestor público, que agora são "afastadas" para que os administradores do Banco de Fomento "possam estar nas mesmas condições concorrenciais" no recrutamento relativamente às outras entidades com que se equipara "quer no setor público, quer no setor privado".
Em 12 de maio, o ministro da Economia, António Costa Silva, afirmou que a escolha do 'chairman' do Banco de Fomento é "uma questão vital", anunciando que o Governo estava a discutir libertar as restrições impostas à contratação.
Em julho de 2021, o Governo anunciou a suspensão da nomeação de Vítor Fernandes para a presidência do Conselho de Administração ('chairman') do Banco do Fomento para evitar "controvérsia" na instituição, disse o então ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.
O ex-administrador do Novo Banco terá sido mencionado em documentos do Ministério Público (MP) referentes à operação Cartão Vermelho, na qual o presidente da Promovalor e ex-presidente do Benfica Luís Filipe Vieira é arguido.