Madeira

PCP defende medidas para inverter o ritmo de perda do poder de compra dos madeirenses

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O PCP defende medidas para inverter o ritmo de perda do poder de compra dos madeirenses e porto-santenses. O partido realizou, hoje, uma acção política para contacto com a população, na Rua Dr. Fernão de Ornelas, no Funchal.

Na ocasião, o deputado afirmou que "a cada dia que passa o salário e a pensão ficam mais curtos para despesas maiores, e os lucros das grandes empresas não param de crescer". Recorreu a exemplos como o aumento dos lucros do Grupo Jerónimo Martins, proprietário do Pingo Doce; e também da Galp.

"Mas não são só as grandes empresas que lucram com este aumento brutal dos preços, o próprio Governo Regional no primeiro trimestre de 2022 aumentou a sua receita fiscal no ISP em 12% e no IVA em 5,5%", afirmou.

Ricardo Lume indicou que "em apenas 3 meses, o custo do Cabaz Básico Alimentar na Região subiu mais de 23 euros".

"É curioso ver a dualidade de critérios do Governo Regional, quando é para aumentar o salário dos trabalhadores os governantes dizem que é preciso questionar se os empresários têm capacidade de pagar tal aumento. Mas, quando os grandes grupos económicos aumentam os preços dos bens essenciais e dos combustíveis, aí já não é preciso perguntar aos consumidores, a sua grande maioria trabalhadores e pensionistas, se têm capacidade para pagar o aumento dos preços. Para os governantes do PS, PSD e CDS neste caso não é necessário porque dizem que é o mercado a funcionar", referiu. 

"Tudo é pretexto para não aumentar salários, mas, por sua vez, quando uma empresa como a GALP devido à especulação dos preços e da estagnação dos salários aumenta brutalmente os seus lucros em 496% contribuindo aí sim para o aumento da inflação e para a redução do poder de compra, os Governantes afirmam que é o mercado a funcionar regulado pela mão invisível, sim de facto é uma mão que vai ao bolso de cada um de nós, mas é bem visível, que cada vez mais nos sobra mês aos salários e às pensões.

Este aumento drástico do custo de vida não é uma inevitabilidade, não só é possível como necessário garantir a valorização dos salários e das pensões, como também tomar medidas para garantir a fixação de preços máximos nos combustíveis nos fatores energéticos e nos bens essenciais", indica.

O deputado defende "a fixação de preços máximos em produtos essenciais, nos combustíveis e factores energéticos, assim como a redução do IVA na eletricidade e gás e a redução do ISP, são medidas fundamentais para evitar a continuação da escalada dos preços"

"Na Assembleia Regional já apresentamos estas medidas para travar a escalada dos preços, mas infelizmente a actual correlação de forças na Assembleia é favorável aos interesses dos grandes grupos económicos", indica.

O PCP garante que vai continuar a intervir para garantir que sejam tomadas mediadas para combater o aumento do custo de vida.