STTAMP e Ryanair chegam a acordo para acelerar recuperação de salários
O STTAMP -- Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes de Portugal e a companhia aérea 'low cost' Ryanair chegaram a acordo para acelerar a recuperação "de valores remuneratórios perdidos por força da crise pandémica", indicou a estrutura, em comunicado.
Assim, o STTAMP "organização sindical que representa cerca de 80% de todos os trabalhadores da Ryanair em Portugal" informou que "chegou a acordo com a companhia aérea irlandesa" por forma permitir "acelerar a recuperação dos valores remuneratórios perdidos por força da crise pandémica".
Segundo o sindicato, este "acordo agora assinado permite ainda aos trabalhadores registar um acréscimo salarial significativo nos próximos dois anos", sendo que "durante este intervalo de tempo serão ainda discutidas outras matérias relevantes para as condições de trabalho dos trabalhadores, criando um instrumento de regulação mais benéfico e adaptado às circunstâncias específicas do setor", destacou.
"As medidas alcançadas pela negociação só foram possíveis pela união demonstrada pelos trabalhadores promovendo a paz social na empresa durante os próximos anos, apesar de, neste momento, a Ryanair ainda registar resultados negativos quer em número de passageiros transportados, quer em resultados financeiros por comparação ao período pré-pandemia", referiu o STTAMP.
De acordo com o sindicato, este foi "um processo negocial exigente e complexo que durou cerca de seis meses, mas onde o entendimento e a boa-fé negocial entre as partes foram determinantes nos objetivos agora alcançados, tendo os trabalhadores participado em todo o processo e sufragado quase unanimemente (97% de votos a favor)", lê-se, na mesma nota.
"O STTAMP assume uma vez mais a necessidade de negociações construtivas, transparentes e sem qualquer demagogia ou dogmas político-partidários, solidificando o conceito de que só por esta via será possível replicar este espírito negocial noutras empresas, sem qualquer receio de enfrentar os desafios de uma sociedade moderna e democrática", rematou.