Jornalista britânico e activista brasileiro mortos por "arma de fogo"
A polícia brasileira avançou hoje que o ativista e especialista em assuntos indígenas Bruno Pereira e o jornalista britânico que o acompanhava, Dom Phillips, foram mortos com uma "arma de fogo".
O jornalista britânico Dom Phillips e o ativista Bruno Pereira desapareceram em 05 de junho quando navegavam num rio no Vale do Javari, uma região de selva perto das fronteiras do Brasil com o Peru e a Colômbia, onde estavam para recolher material para um livro em que o jornalista estava a trabalhar sobre as ameaças enfrentadas pelos indígenas na região.
Bruno Pereira foi atingido por três tiros, um dos quais na cabeça, e Dom Phillips por uma bala no tórax, precisou em comunicado a polícia federal brasileira.
Hoje à tarde, uma fonte policial tinha anunciado a detenção de um terceiro suspeito na morte dos dois homens, identificado como Jeferson da Silva Lima, conhecido como "Pelado da Dinha", e alegadamente cúmplice dos irmãos Amarildo e Oseney da Costa Oliveira, que já estavam detidos por suposto envolvimento direto neste duplo homicídio.
Jeferson da Silva Lima, cuja detenção foi ordenada na sexta-feira por um juiz do estado do Amazonas, compareceu voluntariamente na madrugada de hoje na esquadra da região de Atalaia do Norte, mas declarou-se inocente, adiantou a agência noticiosa Efe.
"De acordo com todas as provas e todos os testemunhos que ouvimos até agora, ele esteve no local do crime e participou ativamente no duplo homicídio", referiu o comissário Alex Perez Timoteo, da Polícia Civil da Atalaia do Norte.
As autoridades brasileiras revelaram na sexta-feira que acreditam que os suspeitos pela morte do jornalista e do ativista na Amazónia "agiram sozinhos" e admitiram a possibilidade de mais detenções relacionadas com este caso.
Na quarta-feira à noite, as autoridades encontraram restos humanos numa zona remota da Amazónia, que foram posteriormente confirmados como sendo do jornalista britânico e do ativista brasileiro.
Dom Phillips esteve radicado durante 15 anos no Brasil, onde colaborou com vários 'media' internacionais, incluindo o Financial Times, New York Times e Washington Post, entre outros.