Rússia reivindica eliminação de "2.000 mercenários estrangeiros"
O Exército russo reivindicou hoje que cerca de 7.000 "mercenários estrangeiros" de 64 países chegaram à Ucrânia desde o início do conflito, em 24 de fevereiro, e quase 2.000 destes foram mortos pelas forças russas.
"As nossas listas, de 17 de junho, incluem mercenários e especialistas em armas de um total de 64 países. Desde o início da operação militar especial, 6.956 chegaram à Ucrânia, 1.956 já foram eliminados e 1.779 saíram" do país, referiu o Ministério da Defesa russo num comunicado.
O Ministério russo acrescenta que a Polónia é o "líder absoluto" entre os países europeus em termos de combatentes (1.831) que chegaram à Ucrânia, seguido pela Roménia e Reino Unido.
Esta declaração foi acompanhada por uma tabela do número de combatentes estrangeiros, classificando-os por nacionalidades na chegada à Ucrânia e as perdas registadas, segundo o Exército russo.
O comunicado referiu que 59 "mercenários" franceses, dos 183 que chegaram ao país para lutar, foram mortos desde o início da ofensiva russa. Os países com mais vítimas, segundo Moscovo, são Polónia (378 mortos), Estados Unidos (214), Canadá (162) e Geórgia (120).
Desde o início da invasão de Moscovo na Ucrânia em 24 de fevereiro, milhares de voluntários estrangeiros, principalmente europeus, viajaram para este país para ajudar as forças em Kiev.
A Rússia apresenta esses combatentes como "mercenários", um termo pejorativo que sugere que estes são motivados pelo dinheiro.
Os separatistas pró-Rússia condenaram três destes combatentes à morte, dois britânicos e um marroquino.
Por seu lado, a Ucrânia e os seus aliados ocidentais sublinham que se há mercenários, estes estão do lado russo, com particular a presença de elementos do grupo Wagner, cujos integrantes foram deslocados da Síria para a Líbia, via Mali.
De acordo com o comando russo, os mísseis da Rússia também atingiram 18 locais de armazenamento de equipamentos militares e de guerra, além de 10 posições de artilharia e morteiros ucranianos, incluindo seis baterias de lançadores múltiplos Grad na região de Donetsk, onde também foram destruídos dois armazéns de armas e munições.
A aviação russa, segundo a Defesa de Moscovo, também destruiu 58 centros de concentração de militares e equipamentos de guerra, dois lançadores de mísseis antiaéreos Buk-M1 e Osa-AKM, na região de Donetsk, um armazém de munições perto de Lysychansk, em Lugansk.
Além disso, 10 tanques e blindados, seis peças de artilharia, quatro lançadores múltiplos e nove veículos militares também foram destruídos, reivindica a mesma fonte.