PAN preocupado com a "instabilidade dos últimos meses"
Em comunicado enviado à redacção, o PAN demonstra-se preocupado com a "instabilidade dos últimos meses".
Reina o caos no ensino, nos portos, nas urgências hospitalares, em todo o SESARAM, na economia, no turismo, no ambiente, no nosso futuro colectivo, onde a esperança tem sido substituída pelo medo". PAN.
O partido afirma existir um "aumento descontrolado, inexplicável e inaceitável" dos combustíveis, bem como da inflação, que "não é só justificado pela República, pois lá o ISP desce".
E a desculpa permanente tem sido a Lei das Finanças Regionais, mas se PSD-M e PS-M pretendem nova lei das finanças regionais, não conseguem explicar porque é que a actual não é usada cabalmente. Por exemplo, baixando o preço via impostos indiretos (IVA) ou direCtos (ISP, da região que segue apenas e com 1\2 semanas o ISP praticado pela República, com ganhos extraordinários para o Governo Regional)". PAN.
O comunicado enviado refere ainda que a administração regional "atinge níveis de descrédito nunca dantes vistos, com o avolumar de casos de perseguições a quem ousa contrariar o poder".
Já relativamente à pandemia, o partido considera que esta atinge números "cada vez preocupantes", realçando que os casos e os óbitos na Região são alarmantes.
Ainda na saúde, o PAN considera que a saúde mental "é desprezada", pois o "o número de casos de suicídio aumenta, atingindo valores acima dos da pré-pandemia".
Recentemente o secretário regional que a tutela [saúde], o Dr. Pedro Ramos, disse ser normal tempos de espera de 4 horas e quando lhe foi questionado pelo número de óbitos devido à covid-19, conseguiu dizer sem corar de vergonha, por si e perante a classe e a sociedade que não sabia se 50% eram devidos a ela". PAN.
O partido considera esta afirmação de Pedro Ramos, "grave porque quem faz a declaração de óbito é um médico e naturalmente saberá o que está a fazer".
Acrescentando que, quando o secretário da Saúde "questiona este número, está forçosamente a questionar os profissionais médicos e o seu profissionalismo. E como responsável do Serviço Regional de Saúde, forçosamente ou se retrata destas declarações e pede desculpa ou não se retratando temos a confissão pública de que o Dr. Pedro Ramos gere um serviço sendo um incapaz e talvez por isso a saúde da Região apresente números que apresenta".
Acusa ainda o governo de responder com "declarações avulsas sobre independência – birras protocolares – novas estradas em zona da floresta Laurissilva – teleféricos em áreas protegidas – marinas – campos de golfe - subsídios, desrespeito pelos municípios que não são afectos ao regime, etc", aos problemas "reais" dos "habitantes da Madeira e do Porto Santo".
"O governo não tem soluções e diariamente somos confrontados com declarações sem sentido quer do Presidente do Governo quer dos secretários regionais alheios à realidade e com a ignorância e arrogância de um Presidente do Governo que considera que a maioria absoluta o coloca acima de qualquer tipo de escrutínio e de assunção de qualquer responsabilidade pelo que faz e corre mal", acusa o partido.
No comunicado, o PAN, acredita que deve ser "cada vez mais necessário haver um partido que vigie e controle de forma séria o funcionamento das instituições face ao seu estado e a falta de respostas das mesmas aos problemas da populações", afirmando que este é um papel que o partido não "se demite de o fazer com a responsabilidade política que lhe é devida."