Áustria anuncia medidas de 6.000 ME para aliviar impacto da inflação
O Governo da Áustria, uma coligação de conservadores e ecologistas, anunciou um pacote de medidas de 6.000 milhões de euros para atenuar o impacto da subida de preços registada este ano.
"Este pacote alivia a carga imposta a todos os habitantes da Áustria, devolvendo-lhes margem de manobra financeira que a inflação tinha tirado", afirmou o chanceler austríaco, Karl Nehammer, numa conferência de imprensa em Viena.
Entre as medidas adotadas, centradas essencialmente nos grupos mais vulneráveis e nas famílias, destacam-se os aumentos de várias prestações sociais com o objetivo de as ajustar à inflação, que em maio subiu para 8%, o nível mais alto desde 1975.
Haverá um pagamento adicional e único este ano de 300 euros aos que podem ser mais afetados pela crise, como os reformados que recebem a pensão mínima ou os desempregados, bem como uma prestação extra de ajuda familiar de 180 euros por filho em agosto.
O Governo austríaco decidiu também adiar por três meses, de julho para outubro, a introdução de um imposto sobre as emissões de dióxido de carbono.
Este pacote tem ainda medidas destinadas às empresas, incluindo um alívio dos custos laborais e dos custos com o consumo energético.
Segundo o ministro das Finanças, Magnus Brunner, o volume total das medidas, que ascende a 6.000 milhões de euros em 2022/2023, alcançará 28.000 milhões de euros até 2026.