Cheios de si mesmos
PSD e CDS avaliam modestas reuniões de militantes pela medida grande
Boa noite!
Ontem Rui Barreto meteu 60 militantes no Hotel Orquídea –alguns valem por dois já que na fotografia oficial só apareçam cerca 40! -, e garante ter sido recebido no Funchal com "casa cheia".
A alegada enchente decorrente da campanha interna do recandidato a líder, com o objectivo de apresentar ideias e projectos para o partido, é deveras questionável, porque se desconhece a capacidade do espaço usado, embora legítima. Afinal, para quem é conhecido pelo partido do táxi surgir na praça pública com lotação de autocarro é um ‘upgrade’ de grande alcance político.
Hoje o secretário-geral do PSD-M dando largas ao entusiasmo que sente ao ver militantes desejosos do regresso da tradicional festa na Herdade do Chão da Lagoa, fez saber que a sexta reunião do partido com as suas Comissões Políticas locais, desta feita no concelho da Ribeira Brava contou com “casa cheia”.
As salas com espelhos têm o condão de criar ilusões de óptica aos mais distraídos, mas a julgar pela fotografia não há mais 15 fervorosos social-democratas a ouvir José Prada.
Num caso como noutro, não sabemos se a medida usada pelos partidos no poder está devidamente homologada. O que se percebe é que, quando falta mais de um ano para as Regionais de 2023, PSD e CDS já andam a fazer contas por alto e pela medida grande, na esperança que muitos se deixem embalar pelas aparências.