Exercício ZARCO 22 poderá ser internacionalizado
Comandante Operacional da Madeira gostava de ver treino operacional na resposta a situações de catástrofe alargado a Canárias e Cabo Verde
O Exercício ZARCO 22 promovido no final do mês de Maio pelo Comando Operacional da Madeira (COM) como treino operacional conjunto entre as Forças Armadas, as Forças e Serviços de Segurança e demais Agentes de Protecção Civil, na resposta a situações de acidentes graves e catástrofes, que ocorram na Região Autónoma da Madeira, poderá ser internacionalizado.
O ‘sonho’, em jeito de desafio, foi assumido esta tarde pelo ‘novo’ Comandante Operacional da Madeira, o Major-General António Temporão, durante uma visita informal de jornalistas, promovida pelo COM.
O Major-General Piloto Aviador António Temporão, que no início deste ano assumiu funções como Comandante Operacional da Madeira, considerou que o exercício realizado no Porto Santo, entre 24 e 27 de Maio, desenvolvido no âmbito do treino operacional conjunto e que constitui uma mais-valia para todos os agentes de protecção civil, deve ser alargado a outras Regiões da Macaronésia, nomeadamente a Canárias (Espanha) ou mesmo até Cabo Verde.
Porque o ZARCOS é um cenário criado para exercitar o planeamento e a condução de uma operação conjunta, em resposta a situações de acidente grave e/ou catástrofe, cada vez mais rápida, eficaz e eficiente, em prol de toda a população, o Major-General António Temporão apontou a ocorrência recente de um conjunto de “incidentes naturais”, na zona da Macaronésia, como o vulcão em Canárias e os sismos sentidos, inclusive na Madeira, para assumir “que devemos ambicionar trabalhar de modo a transformar o Exercício ZARCO 22 num exercício internacional” alargando as acções “à participação dos agentes da Macaronésia, nomeadamente a Espanha e, eventualmente, a Cabo Verde”, apontou.
Considera que esta abertura seria um importante e “primeiro passo no crescimento da valorização de um exercício local”, sustentou.
Revelação feita durante a visita que serviu para dar a conhecer não só a nova cobertura de todos os pavilhões (3) do COM sem amianto, mas também mostrar o processo de “reabilitação” em curso, já concretizado no pavilhão 1, o outrora armazém que está agora transformado em unidade de alojamento com capacidade para acomodar até 35 militares, além de um pequeno ginásio criado na mesma infra-estrutura.