O secretário regional da Saúde desvalorizou as declarações do Director do Serviço de Sangue e Medicina Transfusional que hoje, em entrevista ao DIÁRIO, alerta para necessidade de investir na renovação de equipamentos e lacunas. 

“Penso que foi mal interpretado pela comunicação social” contrariando e sublinhando que o serviço "tem tido investimento” dando exemplo na “rede de frio” no hospital dr. Nélio Mendonça, vincando que a exemplo dessa preocupação, existiu na área da patologia clínica”.

“Não sei se foram descabidas as palavras do dr. Bruno, não sei é se estão uma conotação totalmente diferente do que pensava”, questionou, no entanto o governante disse se estivesse no lugar do colega também diria que “quero mais dinheiro para investir na minha área, mas isso é o que o Governo Regional tem feito nos últimos anos”, replicou há momentos durante uma visita ao Centro de Saúde da Calheta.  

Tudo porque, hoje, ao DIÁRIO, Bruno Freitas afirmava que “uma das necessidades que o serviço sente, neste momento, é a renovação dos equipamentos”, admite o responsável. Bruno Freitas dá conta que, em- bora existam equipamentos de frio com “quatro ou cinco anos e até outros que têm três”, os mais antigos “já têm mais de 20 anos”.

“Todos os equipamentos têm um chamado período de vida óptimo. Mas nos hospitais – pelo menos nos públicos – protela-se [a substituição dos mesmos]. Faz-se manutenções e pouco mais”, aponta. 

O director do Banco de Sangue defende, por isso, que “há necessidade de investir, não só na manutenção dos equipamentos existentes, mas sobretudo na aquisição de novos, para ir substituindo aqueles que já têm um período avançado de vida”. 

No seu entender, a questão de fundo prende-se com a falta de planeamento ao nível do investimento em novos equipamentos. “É preciso ter, não só os chamados planos de aquisição, mas também planos de novos investimentos”, corrobora. Estas são as principais necessidades inventariadas do serviço, que espera ver também as suas instalações ampliadas com o Novo Hospital.