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Israel apela a compatriotas para que deixem Turquia temendo ataques iranianos

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O ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, pediu hoje para que os cidadãos israelitas na Turquia deixem o país "o mais rápido possível" receando ataques iranianos.

"Após uma série de tentativas de ataques terroristas iranianos nas últimas semanas contra israelitas em férias em Istambul, pedimos aos israelitas que não voem para Istambul e, se já estiverem em Istambul, regressem a Israel o mais rápido possível", disse Lapid em comunicado.

Nas últimas semanas, a imprensa israelita noticiou tentativas de ataques contra israelitas na Turquia, citando fontes que pediram anonimato.

Esses ataques teriam sido frustrados graças a uma colaboração entre os serviços de segurança israelitas e turcos, já que os dois países fortaleceram as suas relações nos últimos meses.

Referindo-se a um "perigo real e imediato de assassinato e sequestro", o ministro Yair Lapid indicou que "as vidas de vários israelitas foram salvas".

"Gostaria de agradecer ao governo turco pelos seus esforços para proteger a vida dos cidadãos israelitas", disse, acrescentando e dirigindo-se ao Irão: "qualquer um que prejudique os israelitas pagará o preço, nós os apanharemos, não importa onde estejam".

Israel, que considera o Irão seu inimigo número um, opõe-se ao relançamento do acordo nuclear iraniano internacional de 2015 - que deveria impedir a República Islâmica de adquirir a bomba atómica em troca do levantamento das sanções que sufocam a sua economia - do qual os Estados Unidos se retiraram em 2018.

Considerado por especialistas como a única potência nuclear do Oriente Médio, Israel teme, entre outras coisas, que este acordo permita reabastecer os cofres do Irão, o que poderia aumentar, segundo autoridades israelitas, a sua ajuda a aliados regionais como o Hezbollah libanês ou o Hamas palestino, inimigos do Estado judeu.