Madeira Primeiro, Madeira Sempre!
Os madeirenses conhecem bem o nosso trabalho e sabem que colocamos sempre a Madeira em primeiro lugar.
Nos últimos seis anos temos votado constantemente em nome do interesse superior da Região na Assembleia da República.
Agora em maio voltamos a fazê-lo e por duas vezes em relação ao Orçamento do Estado para 2022 e à eliminação de penalizações no acesso à reforma das bordadeiras da Madeira.
Na hora da votação, destes dois diplomas, o interesse superior da Madeira falou mais alto e por isso não hesitamos em votar a favor da nossa Região e em dissonância com a nossa bancada parlamentar.
Apesar do Orçamento do Estado para 2022, ainda não ser o ideal, não podemos deixar de ter em conta as melhorias introduzidas no documento e a circunstância de quatro das propostas que apresentámos terem sido acolhidas e aprovadas pelo Governo da República.
Falamos do aumento das garantias do Estado e do refinanciamento, da constituição de uma comissão técnica para o apuramento e acertos das dívidas fiscais do Governo Central à Madeira, da baixa fiscalidade aplicável ao rum e aos licores da Região e à possibilidade de emissão de novas licenças no CINM – Centro Internacional de Negócios da Madeira até 2023.
Não poderíamos votar contra a aprovação destas medidas, nem contra o fim das penalizações e dos cortes na reforma das bordadeiras da Madeira.
Em coerência com o que sempre fizemos e reiterando que a defesa da Madeira está, para nós, sempre em primeiro lugar, votamos do lado das bordadeiras.
Votamos a favor da devolução dos seus direitos e da eliminação das penalizações nas suas reformas, perante uma proposta de lei oriunda do parlamento açoriano e que pretendia eliminar o fator de sustentabilidade nas profissões de desgaste rápido e os cortes que se iniciaram em 2020.
Um sentido de voto que se distancia, do assumido pelo PS e que levou à reprovação deste diploma que visava a eliminação dos cortes na reforma das bordadeiras da Madeira e em todas as demais profissões consideradas de desgaste rápido.
Aliás, fomos nós que conseguimos introduzir os trabalhadores do matadouro da Madeira neste regime jurídico e possibilitar o seu acesso à reforma antecipada.
A consagração de direitos às bordadeiras da Madeira é uma conquista da Autonomia de que nos orgulhamos.
É um caminho que tem sido longo e difícil, como tudo o que diz respeito ao nosso povo.
Mas nós, não desistimos e vamos continuar a lutar.
Em Lisboa, vamos continuar a defender de forma intransigente e acérrima a Madeira e a exigir o respeito pelos nossos direitos e pela consagração das nossas especificidades.
Para nós, a Madeira esteve, está e estará sempre em primeiro lugar.