Alemanha vê possibillidade de progresso na adesão da Macedónia à União Europeia
O chaceler alemão, Olaf Scholz, disse ontem que vê "possibilidades de alcançar progressos" na negociação com a Bulgária, para que este país retire o seu veto à candidatura do seu vizinho, a Macedónia do Norte, à União Europeia.
"A integração dos Balcãs Ocidentais é algo muito importante para nós; a Alemanha entende que não é fácil ultrapassar as divergências históricas entre países vizinhos, mas a nossa experiência histórica mostra que é muito enriquecedor para todos quando se consegue superar as disputas", disse Scholz em Sofia, citado pela agência espanhola de notícias, a EFE.
A Bulgária foi a última paragem de uma viagem de dois dias que levou o líder alemão ao Kosovo, Sérvia, Grécia e Macedónia do Norte. Naquele país, o líder alemão tinha dito: "Peço que o caminho para as negociações de adesão seja aberto. Tentaremos convencer todos os países disso. Não estamos sozinhos. No caso da Macedónia do Norte, todas as reuniões estão reunidas." Scholz esteve numa conferência de imprensa com o primeiro-ministro da Macedónia, Dimitar Kovachevski.
"Insisto em alcançar um acordo para começar as negociações de adesão da Macedónia e Albânia na União Europeia, e creio que há possibilidades de alcançar progressos sobre este assunto e vamos continuar a discussão", acrescentou Olaf Scholz na Bulgária, depois de uma reunião com o primeiro-ministro búlgaro, Kiril Petkov.
O líder búlgaro, por seu turno, insistiu na conferência de imprensa conjunta nas três condições que o país coloca para levantar o veto à candidatura do seu vizinho.
"Incorporar os búlgaros na Constituição da Macedónia para proteger os seus direitos civis, respeitar a posição aprovada pelo Parlamento da Bulgária [em 2019] e cumprir o Tratado de Amizade e Boa Vizinhança [assinado em 2017]", elencou.
Petkov e Scholz também debateram a guerra na Ucrânia e a segurança energética da Europa no seguimento da invasão russa e coincidiram em que a União Europeia deve libertar-se o quanto antes da dependência energética da Rússia.
Na conferência de imprensa, o chanceler alemão disse ainda que está convencido de que a entrada da Finlândia e da Suécia na NATO vai acontecer, apesar do atual veto anunciado pela Turquia.