Madeira

PAN Madeira defende redução drástica da venda e exposição ao glifosato

Contaminação da população por pesticidas preocupa Partido Pessoas Animais Natureza

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O PAN Madeira veio hoje a público defender a redução drástica da venda e exposição ao glifosato na Região, devido aos riscos para saúde humana do herbicida mais usado na União Europeia para combater ervas daninhas.

O Partido Pessoas Animais Natureza manifestou a sua preocupação, num comunicado dirigido à imprensa, socorrendo-se de um estudo divulgado, em 2018, pela 'Pesticide Action Network' PAN-Europa, que dá conta de que "em 85% das peras portuguesas testadas e 58% de todas as maçãs testadas foi encontrada contaminação por pesticidas perigosos",

A Comissão Política Regional da Madeira diz ter ficado com ideia que "podia continuar actual o estudo de 2018 que revelava que a contaminação da população portuguesa com glifosato era generalizada", tendo por essa razão promovido um périplo pela Região este fim-de-semana para indagar junto da população local o real uso de pesticidas, herbicidas.

Neste seguimento, o PAN Madeira anunciou que vai remeter aos secretários regionais da Saúde, Agricultura, Ambiente, Educação e do Mar, assim como a todos os municípios da RAM, "um conjunto de propostas que pretendem a salvaguarda da vida de todos nós".

O PAN Madeira defende uma redução drástica da exposição dos habitantes da Madeira e do Porto Santo ao glifosato e que seja reduzida significativamente a venda deste herbicida para usos não profissionais.

O partido questionou ainda o secretário regional da Agricultura o porquê de se manter à venda na Região um produto, quando este está classificado pela Organização Mundial de Saúde como carcinogéneo provável para o ser humano.

O PAN deixou ainda algumas recomendações:

"1º - seja feita uma análise obrigatória mensal da presença de glifosato em todas as captações de água de consumo;

2º - seja proibida a venda de herbicidas com glifosato para uso não profissional, e que sejam acessíveis apenas a agricultores certificados;

3º - seja realizado um estudo abrangente da exposição dos habitantes da Madeira e do Porto Santo ao glifosato;

 4º - seja deliberado (pelo Governo Regional e municípios) o fim do uso de herbicidas sintéticos na limpeza urbana (já existem alternativas não sintéticas bem como outras técnicas tipo monda mecânica e térmica);

5º - seja criada uma linha de o apoio aos agricultores na transição para uma agricultura pós-glifosato;

6º- seja estimulado o consumo de alimentos biológicos (principalmente nas refeições escolares e hospitalares)".