Cerca de 32 mil soldados russos mortos segundo estimativa ucraniana
A Ucrânia estimou hoje em cerca de 32 mil os soldados russos mortos em combate, incluindo mais de 200 no último dia, no quadro da guerra desencadeada em 24 de fevereiro pela ordem de invasão dada por Vladimir Putin.
O Estado-Maior do Exército ucraniano indicou, numa mensagem no Facebook, que, até agora, "cerca de 31.900 soldados" morreram e acrescentou que 1.409 tanques de batalha, 712 sistemas de artilharia e 222 lançadores de foguetes múltiplos autopropulsados e blindados também foram destruídos.
Da mesma forma, afirmou que 212 aviões, 178 helicópteros, 97 sistemas de defesa antiaérea, 2.438 veículos e tanques de combustível, treze barcos e 572 drones também foram destruídos, enquanto 125 mísseis de cruzeiro foram abatidos.
"O inimigo russo sofreu as maiores perdas durante o último dia nas direções Kharkiv e Bakhmut", refere o Estado-Maior na sua mensagem, antes de acrescentar que "os dados estão a ser atualizados".
"Atingido o ocupante. Vamos vencer juntos. A nossa força está na verdade", pode ler-se na mensagem.
Por outro lado, o Estado-Maior detalhou no seu balanço diário que as forças russas "continuam a tentar sem sucesso obter o controlo total da cidade de Severodonetsk, onde os combates continuam".
A cidade, localizada na província de Lugansk (leste), é um dos epicentros dos combates dos últimos dias.
É ainda destacado que "o inimigo mantém as suas ações defensivas em direção a Kharkov, onde seus principais esforços se concentram em manter as fronteiras ocupadas".
"Para impedir o avanço das nossas tropas, o agressor realizou ataques de artilharia contra posições ucranianas", acrescentou.
"Na direção de Donetsk, o inimigo continua a disparar contra as nossas unidades em toda a linha de contacto, lançando mísseis e bombardeiros, também contra áreas povoadas", refere a mensagem, denunciando que "os ocupantes" estão a usar aeronaves militares em Bakhmut para reforçar seus ataques.
Por fim, indicam que "o inimigo tentou realizar tarefas de reconhecimento lutando em direção a Nahirne e Berestove, embora tenha sido repelido" e acrescentou que, por outro lado, as tropas russas "estão a avançar em direção a Vozdvizhenka-Roty, com sucesso parcial".
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 15 milhões de pessoas de suas casas -- mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 7,2 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.