Ucrânia vence Escócia no 'play-off' e aproxima-se da fase final
A Ucrânia, claramente reforçada no plano anímico, conseguiu hoje uma muito justa vitória sobre a Escócia, por 3-1, e prepara-se para discutir com o País de Gales a última vaga europeia para o Mundial2022 de futebol, no Qatar.
Em Glasgow, a Escócia não conseguiu tirar partido do 'fator casa', ante um adversário redobradamente unido, após a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que já dura há mais de três meses.
Dispensados de combater militarmente, os pupilos de Oleksandr Petrakov prepararam-se em Brdo, nos Alpes eslovenos, para a 'sua guerra', que é garantir a viagem para o Qatar, no final do ano, vencendo os dois jogos do 'play-off' europeu de qualificação para o Mundial.
Sem disputar partidas oficiais desde novembro, a seleção que equipa de amarelo apresentou-se no entanto em muito boa forma, sobretudo a sua 'legião estrangeira', os jogadores que militam nos melhores campeonatos da Europa.
Entre esses jogadores está o benfiquista Roman Yaremchuk, aposta renovada para ponta de lança e autor de um dos golos ucranianos, então a fazer o 2-0, no arranque da segunda parte.
Antes, o domínio dos visitantes já tinha rendido golo, aos 33 minutos, com Yarmolenko a finalizar, com muito talento, um lançamento longo de Malinovskyi.
Ao 'criativo' do West Ham bastaram dois toques na bola - um para a receber e o outro para fazer um irrepreensível 'chapéu' sobre Gordon.
O 45.º golo da sua carreira na 'Zbirna' deixa-o já muito perto do recorde de 48 tentos de Andriy Shevchenko, ainda o melhor marcador da seleção.
A eliminatória estava então muito bem encaminhada e mais ficou aos 49 minutos, com o golo de cabeça do avançado do Benfica.
Após uma jogada de ataque da Ucrânia, a bola foi para a direita onde Karavaev executou um centro muito bem medido, ao segundo poste, onde apareceu de rompante Yaremchuk.
Depois desse golo, a Escócia ficou abalada, mas não desanimou e continuou a discutir o jogo, só que com menos acerto do que precisava.
Ainda assim, chegou ao 1-2, aos 79 minutos, em lance 'estranho' marcado por Callum McGregor, com Stepanenko ainda a tirar a bola da sua baliza - mas já para lá da linha de golo, considerou o sistema de 'goal line'.
Sólida a defender, rápida e perigosa a atacar, a Ucrânia poderia ter 'matado o jogo' por Zubkov, mas foi mesmo Dovbyk que fechou as contas, aos 90+5 minutos, de novo em contra-ataque, lançado por Zinchenko.
Agora, a Ucrânia nem sai da Grã-Bretanha, na sua rota para o Qatar, e tem encontro marcado com o País de Gales em Cardiff, domingo, na final do caminho A dos 'play-offs' europeus.