Ministro diz que TAP "não açambarca 'slots' que não usa"
O ministro das Infraestruturas garantiu hoje, no parlamento, que a TAP "não açambarca 'slots' que não usa" no aeroporto de Lisboa, rejeitando assim as acusações de outras companhias aéreas.
"A TAP não açambarca 'slots' que depois não usa", garantiu o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, em audição no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).
O governante prescindiu da intervenção inicial, mas aproveitou os 15 minutos para responder a questões que ficaram por esclarecer no debate do OE2022 na generalidade.
Assim, em resposta ao deputado da Iniciativa Liberal Carlos Guimarães Pinto, Pedro Nuno Santos vincou que "as companhias aéreas não açambarcam 'slots'" (faixas horárias para descolar e aterrar).
"Os 'slots' cumprem regras internacionais muito estritas, se uma companhia aérea não voa uma determinada rota, ela perde esse 'slot'", acrescentou.
A Ryanair tem acusado a TAP de não usar os slots que tem no aeroporto de Lisboa e pedido que a companhia os liberte.
O ministro das Infraestruturas reiterou ainda que "a TAP só é viável integrada num grande grupo de aviação".
Quanto aos prejuízos de 1.600 milhões de euros de apresentados pela companhia aérea em 2021, Pedro Nuno Santos lembrou que mais de 1.000 milhões resultam do encerramento da empresa de manutenção no Brasil, que "deu prejuízo consecutivo e cumulativo durante 16 anos", classificando-a como "uma sangria" que "nem o público nem o privado tiveram coragem de fechar".
Relativamente aos atrasos nos investimentos da ferrovia, o governante disse que "só há atrasos" porque estão a ser feitos investimentos. "Quando não estamos a fazer não há cá atrasos, era o que acontecia antigamente quando se fazia zero, não era zero, era negativo, porque só se encerravam linhas", apontou.