“A Madeira é muito apetecível neste momento para o residente estrangeiro de alto rendimento”
Para atenuar o ‘reverso da medalha’ o Governo Regional tem 128 milhões de euros para criar habitação a custos controlados e disponibilizá-la no mercado de arrendamento
Os 128 milhões de euros que o Governo Regional tem disponíveis para a aquisição de novas fracções habitacionais a custos controlados, no âmbito do PRR reforçam o objectivo de “fixar jovens em todos os concelhos e freguesias, mas sobretudo tem como grande objectivo proporcionar habitação a preços acessíveis para casais jovens em função do seu rendimento”, salientou esta manhã Miguel Albuquerque, na apresentação pública de projecto habitacional composto por 18 fogos a ser construído no sítio da Terra Chã, em São Vicente.
Albuquerque voltou a lembrar que só em 2021 o mercado imobiliário da Região gerou 620 milhões de euros em transacções, valor histórico que vem reforçar que “a Madeira é muito apetecível neste momento para o residente estrangeiro de alto rendimento”. A consequência dessa apetência para quem tem poder de compra é a subida (imparável) dos preços de terrenos, construção e de habitação. Realidade que é vantajosa para quem vende, mas deixa o residente madeirense em geral sem possibilidade de adquirir casa com os actuais preços de mercado.
É precisamente para tentar “evitar o que aconteceu em Lisboa e no Porto”, que o Governo Regional faz esta grande aposta na construção de habitação a preços controlados para disponibilizar no mercado de arrendamento.
“Queremos proporcionar em todos os concelhos da Região uma oferta de habitação a preços acessíveis”, reafirmou Albuquerque, que para já regista com agrado os 55 milhões de euros que serão aplicados nesta 1ª fase da Oferta Pública lançada pela IHM, na construção de 286 fogos.