Norte-americano acusado de fraude mundial de 62 milhões de dólares em criptomoedas
Um diretor de uma alegada plataforma de investimento e criação de criptomoedas foi acusado de orquestrar um esquema de fraude mundial de 62 milhões de dólares (58,7 milhões de euros), anunciou o Gabinete do Procurador Federal dos Estados Unidos.
Luiz Capuci, de 44 anos, residente numa cidade na costa sudeste do estado norte-americano da Florida e, foi acusado dos crimes de "conspiração para cometer fraude eletrónica, fraude valores mobiliários e lavagem de dinheiro" a nível internacional", segundo um comunicado do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
A acusação argumenta que Capuci enganou os investidores sobre o programa de criação e investimento de criptomoeda da sua empresa, Mining Capital Coin (MCC), que oferecia investimentos através da compra de "pacotes de mineração".
De acordo com o texto, Capuci e os seus cúmplices garantiram aos investidores que a sua empresa "faria lucros substanciais utilizando dinheiro para minerar novas criptomoedas".
Mas o que Capuci fez, alegadamente, foi "desviar os fundos para carteiras de criptomoedas (onde as moedas virtuais são armazenadas) sob seu controlo".
"As fraudes baseadas em criptomoedas prejudicam os mercados financeiros em todo o mundo ao enganar investidores e limitar a capacidade de empreendedores legítimos de inovar neste espaço emergente", disse o vice-procurador-geral Kenneth A. Polite Jr., da Divisão Criminal do Departamento de Justiça.
"O departamento está comprometido em seguir o dinheiro, seja físico ou digital, para perseguir os esquemas criminosos, responsabilizar os burlões e proteger os investidores", acrescentou Polite.
Se for considerado culpado de todas as acusações, o Capuci vai enfrentar uma sentença de até 45 anos de prisão.