Até agora o gás russo, servia
Como sempre, em momentos de crise ou de grande tensão, sabem-se “coisas” que poucos sabiam, e muitos sabendo, viviam tão bem com isso, até dava jeito. Já o foi com a Crise das dívidas Soberanas.
Muito antes de acabar a URSS, muito antes de acabar a Guerra Fria, de cair o Muro de Berlim, a Europa Ocidental, do lado de cá do Muro, utilizava e ainda o faz para uso diário “o gás russo”. A Alemanha, até há meia dúzia de dias estava, quase a concluir novo gasoduto, para receber mais gás natural da Federação Russa.
A Alemanha, só agora e tão lentamente, está a tentar “mudar” de fornecedor de gás, a substituir o russo.
A Áustria aqui esteve, bem, desde o primeiro dia desta guerra na Ucrânia, originada por Putin, pela voz do seu primeiro-ministro disse que, instantaneamente não pode deixar de ser abastecida pelo gás russo, e foi ao beija-mão a Putin, para lhe pedir para de imediato cessar as hostilidades. Claro que veio totalmente desiludido. Mas foi sincero. Não se esconde.
O chanceler alemão, que democraticamente, hoje, está no lugar de Frau Merkel, esta que até não se daria mal, de todo, com o czar Putin, tem tentado não aparecer, não falar, para continuar a receber gás natural , russo.
Aqui, há tanta hipocrisia, tanto faz de conta, e em vez de há 10 anos atrás se ter começado a cortar o gás natural russo, e ter mais e mais energias alternativas e menos poluidoras.
Convém, convinha, conviria, convirá ler e conhecer a História, e saber como chegamos aqui, como estamos dependentes de energia russa, e como falamos tanto da crise climática , e nada de facto é feito para ,não ficar tudo na mesma. E a Greta das energias limpas , parece que já percebeu, que mais vale, ficar em casa, que andar a berra contra a poluição.
A. Küttner