O equívoco de Rui Rio
Rui Rio (RR) numa palestra na Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento fez uma análise necessariamente pessimista da situação de Portugal, já que na sequência das últimas eleições que deram maioria absoluta ao PS, graças aos eleitores da extrema esquerda (BE e PCP), não será possível implementar as reformas estruturais por ele sempre defendidas capazes de tirar Portugal da cauda da UE e que implicariam “acordos partidários alargados” sobretudo com o PS mas que António Costa e o PS sempre recusaram, pois o seu principal desígnio não é defender os interesses do País mas sim os do PS e dos seus “boys” e o consequente açambarcamento de cargos no Estado e empresas públicas. Aliás os últimos 20 anos de governação do PS, os derradeiros 6 com o apoio de BE e PCP, são prova disso bastando ver a posição de Portugal no ranking da UE em 21º no PIB per capita, a caminho de passar de 6º para 4º ou 3º mais pobre e com menor produtividade na UE e ultrapassado por quase todos os países que aderiram à UE muito depois de nós. Ao afirmar que por não ter ganho as eleições tal significa que “o país não quer” as reformas por ele propostas RR labora num equívoco, já que a abstenção (42%) nas últimas eleições supera os 41,3% dos votos no PS e a sua redução poderia alterar sobremaneira os resultados eleitorais. Foi também um objetivo que RR falhou já que se propunha, e bem, motivar e conseguir o voto dos eleitores abstencionistas. Portanto enquanto mais de 40% dos eleitores portugueses se recusarem a cumprir o dever cívico de votar, nas últimas eleições em França 28% de abstenção foi a maior de sempre, nunca saberemos verdadeiramente o que o País quer ou não quer. O que sabemos é que os eleitores que deram a maioria absoluta ao PS entre eles os “desertores” do BE e PCP, são os mesmos que nos últimos 20 anos viabilizaram os governos do PS que levaram o País não para o topo mas para a cauda da UE onde continuaremos enquanto AC e o PS nos governarem.
Leitor identificado