Actividade na ilha de São Jorge com tendência para "estabilização"
O presidente do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), Rui Marques, considerou hoje que a crise sismovulcânica na ilha de São Jorge revela uma "tendência para a estabilização" nas últimas seis semanas.
"Olhando para as últimas seis semanas, verifica-se uma tendência para a estabilização e não há uma evolução no sentido decrescente ou de aumento", disse Rui Marques, num ponto de situação das autoridades à atividade sismovulcânica naquela ilha, feita no concelho de Velas, em São Jorge.
De acordo com o especialista, foram registados mais de 32.300 eventos desde que a crise começou, a 19 de março.
Destes abalos registados, 266 foram sentidos pela população.
"A tendência é mais ou menos estável desde o início do mês de abril, com períodos de maior e menor frequência sísmica", observou.
Segundo Rui Marques, "normalmente registam-se dois ou três dias com pouca frequência de sismos, sucedidos de dois ou três dias por uma frequência de sismo um pouco superior".
Desde 01 de maio ultrapassaram-se os 330 sismos diários e "hoje há uma ligeira diminuição", segundo Rui Marques.
O sismo de maior magnitude (3,8 na escala de Richter) ocorreu no dia 29 de março, às 21:56.
De acordo com a escala de Richter, os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequenos (2,0-2,9), pequenos (3,0-3,9), ligeiros (4,0-4,9), moderados (5,0-5,9), forte (6,0-6,9), grandes (7,0-7,9), importantes (8,0-8,9), excecionais (9,0-9,9) e extremos (quando superior a 10).
A ilha mantém o nível de alerta vulcânico V4 (ameaça de erupção) de um total de sete, em que V0 significa "estado de repouso" e V6 "erupção em curso".